Capítulo 7 :

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ARTHUR


Voltando ao assunto, depois de um tempo, larguei a faculdade e fiquei só na gandaia mesmo. E acho que só por isso o Ronan conseguiu se formar. Foi nessa época que ele conheceu a Pocah.

As farras eram maneiras e muito loucas e o sexo passou a ser minha prioridade. Eu deixava muito claro para as mulheres que aceitavam transar comigo que seria apenas uma vez. Tanto que, depois de um tempo, fiquei com uma má fama do caralho. Não que eu não me importasse.

E, embora superficialmente eu gostasse daquela vida, de alguma forma, lá no fundo, principalmente no final da noite, a dor de cotovelo ainda me corroía. Por isso tomei a decisão de começar uma vida nova num lugar distante, distante das lembranças de quem eu era antes de virar um cafajeste e distante daquela mulher maldita.

Também aprontei muito nos States. Comi muita brasileirinha por lá, trabalhei pra cacete também.  Não tinha medo dos desafios, pois eu tinha um objetivo: juntar uma boa grana antes de voltar para o Brasil. Trabalhei em tudo o que você pensar. Minha mãe ficava doida comigo, que, ao invés de estudar e ter um futuro como qualquer graduado, estava nos Estados Unidos peitando tudo quanto era tipo de emprego.

O importante era que todo o dinheiro que eu ganhava era bem guardado. Foi quando consegui abri minha primeira Academia. Gastei apenas o necessário para poder voltar ao Brasil, tomar de conta de algumas academias que tenho na Barra. 

Agora, veja a grande ironia. Quando tudo estava caminhando, quando finalmente eu estava de volta para aproveitar a minha vida, quando eu finalmente podia relaxar, aproveitar e gozar um pouco da grana que tinha conquistado, conheci a Carla, a mulher que tirou a minha paz.

E aí foi tudo muito rápido. Em um curto espaço de tempo, a garota havia se infiltrado na minha vida e despertado sentimentos até então adormecidos. Fiquei perturbado. Não queria sentir as coisas que ela me fazia sentir, não queria mais sentir aquela inquietação na boca do estômago e aquela necessidade de estar junto dela.

Foi então que decretei oficialmente, no dia três de agosto, o "Dia Nacional Dos Cafajestes". Vocês saberão em breve o porquê.

CARLA DIAZ

Eu até hesitei em aceitar a carona do Arthur. Mas, gente, eu não sou de ferro! Jamais daria em cima do cara, lançando olhares e flertando, mas ele estava ali, na minha frente, me oferecendo uma carona aparentemente inocente. Que mal havia em aceitar?

Além do mais, quando um não quer, dois não brigam. Ou não fazem? Alguma coisa assim.

Não tenho culpa se a minha carona me deixou na mão. O bom é que eu podia colocar a culpa no João depois. Entrei no carro um pouco sem graça. Ele me perguntou para onde eu ia, mas, antes que eu pudesse responder, me fez uma proposta. E foi aí que começou a minha ruína.

O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora