Capítulo 19 :

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Carla Diaz.

Nem tive tempo de entregar o presente que havia comprado para ela. O Arthur falou que eu não precisava me preocupar com isso, mas eu é que não ia aparecer no aniversário de uma pré-adolescente de mãos abanando.

Ainda mais se essa pré-adolescente fosse prima do cara que eu estava muito a fim.  Eu precisava de uma aliada, e dar maquiagem de presente sempre funcionava.

Simplesmente adorei a garota! Ela era minha fã, conhecia praticamente todos os meus personagens. Era assunto que não acabava mais, foi uma surpresa.

Quando ela finalmente me liberou, eu fui procurar pelo Arthur. Encontrei- o no jardim conversando com o seu tio. Um coroa muito simpático e charmoso, com o qual eu havia batido o maior papo mais cedo.

Arthur: Finalmente ela te liberou! — Ele me puxou, sem cerimônia para um abraço.

Carla: Ela é um amor. E toda aquela coleção da Selena Gomez?

Arthur: É fase, ano passado era revistinha da Mônica Jovem, não era, Tio?

Davi: A culpa é dele, Carla, que alimenta as manias dessa garota. Faz tudo que ela quer. Esse bobão parece uma marionete nas mãos dela.

Arthur: Eu fiquei fora tempo demais, estou tentando recompensar. Olha que eu nem gosto de Selena Gomez, prefiro meus sertanejos e pagodes.

Davi: Mimando-a? Tá bom! Eu vou deixar vocês à vontade. Carla, foi um prazer te conhecer. Com licença.

Carla: O prazer foi todo meu, seu Davi.

Davi: Que isso, me chame de Davi — pediu antes de se afastar.

Arthur: Ele é um galanteador, mas é o cara — disse, sorrindo. — Já estava com saudades – ele beijou os meus cabelos.

Tinha como não ficar mais apaixonada? Porque, àquela altura, eu já estava apaixonada.

Naquele momento, comecei a acreditar fielmente que ele poderia ter mudado.

Que inocência a minha!

ARTHUR

Levar a Carla na casa dos meus tios tinha sido uma má ideia. Não por ela, eu adorava a sua companhia, mas pelas coisas que ouvi do meu tio. Enquanto ela se ocupava com a Mari, o coroa me chamou para acompanhá-lo até o jardim.

Davi: Você finalmente derrubou as barreiras, filho? — perguntou, sem rodeios.

Arthur: Barreiras? — Já não gostei do início daquela conversa.

Davi: Sim, as barreiras ao redor do seu coração. Está deixando a Carla entrar. Ela é uma boa garota, você soube escolher bem. Estou orgulhoso. A coisa toda parecia ainda pior com ele falando daquele jeito.

Eu não estava deixando a Carla entrar, só estava aproveitando. Mais do que o necessário, admito, mas, ainda assim, acreditava fielmente que não estava deixando ninguém entrar.

Nem ela, nem ninguém. No entanto, as palavras dele caíram como facas afiadas sobre mim. Carla era mesmo uma boa garota, não merecia ser enganada, nem usada por um cara como eu. Precisava me afastar, mas quem disse que fiz isso?

O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora