Capítulo 69 :

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Na manhã seguinte, acordei com uma dor de cabeça horrível e com alguém tocando a minha campainha insistentemente.

Arrastei-me até a porta sonolenta, vestida com meu pijama da Minnie.

Do lado de fora, encontrei um Arthur muito bêbado e totalmente apático.

Seus olhos sem vida me encararam por alguns instantes. O olhar dele foi descendo pelo meu corpo, parando bem na estampa da Minnie.

Arthur: Carça, eu...Aul-as, cri..a — começou a falar, mas meu primo apareceu bem na hora.

Arthur arregalou os olhos ao ouvi-lo e, por mais que eu quisesse escancarar a porta e fazer exatamente o que ele havia feito comigo há algumas semanas, eu não o fiz.

Aliás, nem precisei, pois ele mesmo a abriu e entrou abruptamente no apartamento.

Arthur: Eu vou partir esse cara em quatro! — Arthur gritou e partiu para cima do meu primo, quase caindo no chão de tão bêbado.

Corri e postei-me na frente dele.

Carla: O que pensa que está fazendo?!— Gritei, impedindo-o de chegar perto do meu primo. O que foi fácil, já que parecia mais bêbado do que um gambá. — Bil, por favor, vá lá para dentro! — pedi.

Bil: Tem certeza? — Ele hesitou, encarando o bebum sem noção.

Carla: Fique tranquilo. Eu resolvo com ele.

Arthur: Volta aqui, seu escroto do pinto pequeno! — Ele gritou para o meu primo. Ainda bem que o Bil não escutou, ou fingiu que não escutou, senão a briga estava feita.

Carla: Chega, Arthur! — Ele se encolheu com meu grito e do nada me abraçou forte.

Arthur: Diz que você não transou com esse idiota, pitica. — A voz dele estava embargada. — Diz pra mim, por favor!

Carla: Me solta, Arthur! — Tentei empurrá-lo, mas era impossível. Eu sumia nos seus braços.

Arthur: Diz pra mim, por favor. — Ficava repetindo isso, ao mesmo tempo em que me espremia contra ele.

Carla: Arthur, está me sufocando! — Só então ele me soltou, de forma brusca, e caiu no sofá.

Arthur: Você não podia ter transado com ele... — disse mais para si mesmo do que para mim.

Aquilo me deu uma raiva. Quem o cafajeste pensava que era?
Não queria nada comigo, mas se achava no direito de se intrometer na minha vida? Ah, vá para a puta que pariu!

Carla: Vá embora, Arthur! — pedi impaciente, mas ele continuou inerte no meu sofá. — Arthur?!

Arthur: Hum. — Não acreditei na cena a minha frente. O babaca tinha apagado no meu sofá!

Carla: Levanta! — gritei, puxando-o pelo braço. — Idiota, argh! — Aí Arthur, Oh menino bonito. — falei baixinho

Para com isso Carla.

Arthur: Car...Por farv-vor mee beij-aa — Ele agarrou meu braço e me puxou.

Carla: Para com isso. — que raiva. — Aí Arthur.
Eu precisava fazer aquilo, me julguem . Aproximei meus lábios do dele e beijei.

Carla: Que odiou de você Arthur. — acariciei o cabelo dele que dormia sereno. — Tão lindo.

Para com isso Carla, não esqueça o que ele fez com você. Estapeei-o de raiva, mas nem assim o imbecil acordou.

Fala sério! Bil saiu do quarto e se aproximou, enquanto eu tentava em vão arrancar o Arthur do meu sofá.

Bil: Calma, Carlinha. — Segurou meu braço.

Carla: Esse idiota dormiu. Dormiu! Ai que raiva!

Bil: Por que não liga para o seu amigo, Ronan? Ele me disse ontem que era amigo desse cara aí. — Apontou para o Arthur, que, juro por Deus, começou a roncar no meu sofá. Arrrgh!

Liguei para o Ronan, que apareceu meia hora depois.
Ele também tentou de todas as formas acordar o belo adormecido de bêbado. E também não

conseguiu.

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