Capítulo 33 :

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Carla Diaz

Sabe aquelas motos de motoqueiros malvados que vemos nos filmes? Então...

Viajaríamos até Cabo Frio naquilo?

O sorriso de Arthur se iluminou quando me viu e esqueci rapidinho da moto.

Ele desceu dela e foi ao meu encontro, beijou meus lábios e me abraçou com carinho.

Arthur: Vamos?

Carla: Ah, Arthur... — Olhei preocupada para a moto.

Arthur: Relaxa, Car, a gente vai devagar. — Assenti, não tão confiante. — Mas antes, tenho um presente pra você. — Meu sorriso automaticamente se alargou.

Ele retirou de dentro do compartimento, que ficava ao lado da moto, uma jaqueta e me entregou. Sorri e a vesti.

Devia ter custado uma grana, dava para sentir o cheirinho do couro. Ele sorriu satisfeito, aprovando o resultado.

Foi aí que reparei mais detalhadamente nas roupas dele.

Também usava uma jaqueta preta, jeans surrado e um coturno que o deixava com um ar de motoqueiro sexy e barra pesada.

Lembrei-me da série "Sons of Anarchy" na hora, e, é claro, do gostoso do Charlie Hunnam.

Naquele momento, tinha um motoqueiro gostoso só para mim. Adorei! Até que a moto não era tão desconfortável assim.

Na verdade, ela era nada desconfortável.

O assento do passageiro tinha até encosto. Arthur ajeitou o capacete na minha cabeça e seguimos viagem.

Se curti ficar agarradinha com ele o caminho inteiro? Positivo.

Paramos algumas vezes para esticar as pernas e fazer um lanche.

Chegamos a Cabo Frio um pouco depois das onze da manhã e eu estava exausta.

Fomos para o hotel em que ele havia feito reserva, de frente para a praia do Forte.

Assim que entrei no quarto, coloquei minhas coisas no sofá, desabando nele em seguida. Arthur sorriu, divertido.

Carla: Minha bunda está dormente! — queixei-me. O cafajeste gargalhou, sentando ao meu lado e me puxando para o colo dele. – Bacana, ria...

Arthur: Você ficou muito gostosa com essa jaqueta, Pitica — elogiou, abrindo o zíper dela para mim.

Carla: Eu amei a jaqueta. – Sorri com malícia. – Ficou parecendo um vestido.... – ele sorriu. –  Não sabia que era um motoqueiro malvadão.

Arthur: Eu sou muitas outras coisas, afinal, o que mais tenho é tempe. – Ele puxou para mais perto e depositou um beijo casto em meus lábios.

Passei os braços em torno do pescoço dele e o puxei para mim, aprofundando o beijo.

Desfez o coque que havia feito no meu cabelo pouco depois de chegarmos e embrenhou as mãos nos fios.

Com certeza tinha fetiche, não tinha outra explicação.

Nos beijamos por mais um tempo e, quando se afastou, encostou a testa na minha, fechando os olhos.

Senti uma inquietação repentina. Não gostei daquele silêncio, fiquei com medo que, quando abrisse a boca, saísse algo que me entristeceria.

Arthur abriu os olhos e me fitou intensamente. Desviei o olhar, mas ele ergueu o meu queixo para que o encarasse.

Carla: Obrigada por ter me trazido com você — disparei a falar com medo de ouvir o que não queria. — Fazia tempo que não vinha pra cá.

Arthur: Obrigado por ter aceitado vir comigo. — Deslizou o polegar sobre os meus lábios. – Você é a melhor companhia que um homem poderia ter. — Foram suas últimas palavras antes de atacar meus lábios novamente.

Beijei-o de volta, mas com o pensamento preso em suas palavras. Arthur era divertido, sexy, safado... mas fofo? Aquilo era novidade.

Antes que eu pudesse me iludir ainda mais sobre ele estar se apaixonando por mim, meu telefone começou a tocar insistentemente no meu bolso.

Tentamos ignorar no início, mas a pessoa inconveniente que estava ligando não desistiu.

O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora