Capítulo 77 :

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Carla:  O quê? — Encarou-me como se eu tivesse chifres ou asas.

Arthur: Eu assumo o seu filho, Carla. Você só está grávida de outro porque eu fui idiota demais a afastando de mim. Se está carregando um filho que não é meu, a culpa é minha. Então estou dizendo que assumo. Vou criá-lo, dar amor e carinho de pai.

Esperei pela sua resposta que não veio. Ela só me encarava, catatônica.

O seu silêncio estava começando a me deixar apavorado.

Eu tinha acabado de dizer que assumiria o filho de outro cara só para ficar ao lado dela, que não só assumiria, mas o amaria e ela nada dizia além de me encarar com aqueles olhinhos estreitos e incrédulos. Por que ela não reagia?

Arthur: Carla... — Aproximei-me com cautela. — Diz que aceita, vou amá-lo como se fosse meu.

Carla: Ele é seu, idiota! — gritou, me empurrando.

Afastei-me, atordoado. Carla aproveitou o impacto que a informação me causou e entrou no carro.

Meu?

Se o filho era meu, o fato me levava a crer que, quando desconfiou daquela vez, ela realmente estava grávida.

Sorri incrédulo. A Pitica estava grávida e o filho não era do babaca e sim meu.

Eu, Arthur Louzada Picoli, é quem era o pai do filho dela. Caralho!

Minha cabeça deu um giro de 360 graus com a informação.

Quando saí do meu estado de choque, corri, literalmente, atrás do carro dela.

Arthur: Carla! — gritei, mas ela saiu em disparada, sem olhar para trás.

Respirei fundo tentando ganhar fôlego, ou acabaria tendo um troço ali mesmo no meio da rua.

Caminhei lentamente até o meu carro, em um estado de entorpecimento.

Meu coração estava apertadinho dentro do peito. Dentro do carro, continuei respirando fundo, buscando me acalmar.

Fechei meus olhos tentando refletir sobre a notícia.

Eu seria pai. Queria isso? Ainda nem tinha ideia, mas para quem estava disposto a assumir o filho de outro, acho que a resposta era óbvia.

Eu seria o pai do filho da mulher da minha vida, então...

Ainda havia uma chance. Mesmo que Dona Carla tivesse se negado a responder se me amava, pelo menos não tinha negado.

Sim, havia esperanças e eu faria de tudo para trazê-la de volta. Ela e o nosso filho.

Fui para a casa, dirigindo desatento e sendo invadido por imagens da minha Pitiquinha grávida, imagens dela de barrigão e imagens de nós três juntos e... felizes.

Não sei a que horas consegui dormir, mas foi o tempo de raiar o dia para eu partir para a casa dela.

Montaria acampamento de frente para o apartamento dela e só sairia de lá quando ela me ouvisse, quando eu dissesse a ela que eu queria aquele filho e que não a deixaria desamparada.

Eu diria a ela que queria os dois, que amava os dois. Aquela coisinha de 1,53 nunca mais se afastaria de mim, ou eu não me chamava Arthur Picoli.

Eu ia ser pai, caralho! Eu seria o pai!

E antes de sair de casa, eu me fiz uma promessa.

A promessa de que seria o melhor pai do mundo, faria pelo meu filho tudo o que meu pai fez e faz  por mim.

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