O rangido da cama se misturava aos seus gemidos nada contidos e aquilo me deixou louco.Quando ela chegou ao ápice do seu prazer, me encarou. Seus olhos estavam tão cheios de paixão, de ternura, que meu coração quase saiu do peito.
Arthur: Porra, Carla! — grunhi, quando explodi de prazer.
Caí sobre ela, exausto, saciado... completo.
Há tempos não transava sem o uso de preservativos, mas algo me dizia que nada tinha a ver com esse fato e, sim, com a pessoa com a qual eu estava compartilhando aquilo.
Não foram necessárias palavras. Naquele momento, entreguei de vez meu coração a ela.
A decisão que tomei depois de constatar tal fato foi, no entanto, a pior decisão da minha vida.
No dia seguinte, deixei-a em casa bem cedo. Já estava atrasada para o trabalho. Antes de sair do carro, beijou-me, carinhosa.
Parecia feliz em ter passado a noite comigo, mesmo eu não tendo sido uma boa companhia.
Carla: Nos vemos depois? — perguntou, quando estacionei na frente do prédio em que morava.
Não. Era essa resposta que eu devia ter lhe dado.
Arthur: Carla. — Pigarreei, me preparando para fazer o que precisava ser feito. — Eu gosto de ficar contigo, mas... você sabe, né? Eu...
Carla: Tudo bem. Não precisa dizer nada. — O sorriso dela murchou, e eu tive vontade de me socar. Aquela, entretanto, não era a resposta que eu esperava.
Eu estava esperando-a mandar eu ir me foder e sair do carro, batendo a porta.
Arthur: Pitica... — Os olhinhos dela brilharam, me acovardando. Poderia jurar que estava se segurando para não chorar na minha frente, mas eu precisava ser honesto. — Não crie expectativas em relação a mim.
Carla: Nem precisa me lembrar disso. Não estou procurando um namorado. — Beijou meu rosto, saindo do carro rapidamente, mesmo assim, vi quando levou as mãos aos olhos enquanto entrava no seu prédio.
Droga!
Carla Diaz
As palavras do Arthur ainda pairavam na minha mente, uma semana depois do nosso último encontro.
Eu sabia que, depois do que me dissera, as coisas mudariam entre nós — se não acabassem — e estava certa.
Desde então, ele não me procurou e o desespero passou a me dominar.
Duas semanas depois, na ansiedade e saudade de estar com ele, deixei de lado meu orgulho e liguei.
Convidei-o para jantar, pensei até que recusaria, quando ele aceitou. Doeu perceber sua resistência, mas preferi engolir o restinho de dignidade que me sobrava, pois a saudade era imensa.
Fomos ao nosso restaurante preferido e terminamos a noite transando dentro do carro estacionado na praia.
Bem inusitado, comparado com as outras vezes, mas gostei da experiência, afinal, eu estava com ele e era o que importava.
Só o fato de haver a possibilidade de não nos vermos mais me deixava doente. Àquela altura, eu estava tão louca de paixão, que não imaginava a minha vida sem ele.
Era impossível aceitar que me deixaria a qualquer momento. Eu sabia que sentia algo por mim, só não sabia o porquê de negar a se entregar àquele sentimento e isso me corroía.
Mas, eu preferia me apegar à fantasia de que o Arthur correspondia aos meus sentimentos, do que desistir sem lutar, por isso eu persistia. Tentei psicologia reversa com ele, fingindo indiferença nos dois encontros seguintes que tivemos — encontros esses também por insistência minha.
(Obs: Eu chorei escrevendo esse capitulo)
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O Crossfiteiro Irresistível.
RomanceSinopse: Carla Diaz, nunca pensou que conheceria o homem da sua vida na festa de aniversário de sua afilhada, muito menos que ele seria um cafajeste. Já Arthur Picoli, assim que colocou os olhos na madrinha da filha de seu melhor amigo, de cara, qui...