Capítulo 78 :

1.7K 76 18
                                    

Carla Diaz

Claro que eu contaria ao Arthur que ele seria pai, era direito dele.

Mas não imaginei que fosse fazer isso no meio da rua do jeito que fiz.

No entanto, jamais poderia imaginar que fosse passar por aquela cabeça de vento que eu estava grávida de outro. Pelo amor, ele pensava que eu era como ele por acaso?

Não estive com ninguém depois do pé na bunda traumático que me deu.

Tudo bem que até tentei, o importante é que o filho era dele e ponto.

O idiota ainda confessou que me amava, e isso foi tão inesperado que, por um segundo, quase esqueci tudo o que me fez e pularia no colo dele, me declarando também.

Foi por muito pouco. Não fiz porque minha prioridade já nem era mais o Arthur, e sim o meu filho... O nosso filho.

Fiquei tão atordoada por ele ter pensado que o filho era de outro, que acabei cuspindo a verdade em cima dele. Só que fui covarde demais para ficar e encarar sua reação.

Se fiquei surpresa só por ele ter aparecido sem avisar, imagina depois de se declarar? Foi muita informação para um dia só.

Esperei tanto para ouvir tais palavras saindo daquela boca vermelha de fazer inveja a qualquer mulher que, quando ele finalmente as pronunciou, meus sentimentos já estavam massacrados e, minhas prioridades, mudadas.

Carla: A culpa foi sua por ele ter pensado isso, Pocah — reclamei.

Quando saí às pressas, deixando-o na calçada, estava atordoada demais para ir a qualquer lugar, por isso acabei parando na gravadora.

Afinal, era para os meus amigos que sempre corria mesmo.

Pocah: Minha nada. Foi você quem disse a ele que havia transado com seu primo — ela se defendeu.

Carla: Tudo bem. Isso também nem importa agora, né?

Pocah: Me desculpe por ter insinuado que você tinha viajado com Bil. Só pensei em fazê-lo provar um pouquinho do próprio veneno.

Carla: Vamos esquecer isso, está bem? Só não se meta mais desse jeito na minha vida, amiga. — Estava ficando cansada daquela proteção exagerada dela. Como se eu fosse uma adolescente imatura e inocente. — Sou uma mulher adulta, que faz burradas como qualquer outra. Por mais que possa não parecer, sei lidar com meus problemas.

Pocah: Você tem razão. A forma como está lidando com tudo que o Arthur fez... Sinceramente, não sei se teria esse sangue frio e esse orgulho todo. Se fosse o Ronan...

Oi? Fiquei surpresa. Logo a Pocah? A toda durona na queda, ficaria tentada a perdoar se tivesse ganhado uma dúzia de chifres?

Carla: Está dizendo que o perdoaria se ele lhe colocasse uma moita de chifres?

Pocah: Perdoar não, mas com certeza ficaria dividida, sei lá. Que isso nunca aconteça, ou mato ele. — Fez um gesto como se tivesse quebrando algo e caímos na risada.

Carla: Estou grávida, Pocah. — Refleti depois de um tempo. — Não posso me deixar ludibriar por algumas palavrinhas de amor.

Pocah: Carlinha?

Carla: Oi.

Pocah: O Arthur te ama. — Hã? Estava escutando direito? Ela não parecia muito bem da cabeça.

Comentem

O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora