Capítulo 89 :

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Carla me puxou novamente pela nuca e me deu outro beijo, longo, suave, molhado, carregado de sentimento.

Como senti falta daqueles lábios.

Arthur: Isso é um sim? — Segurei seu rosto, quando nos afastamos.

Não vi nem um tiquinho de indecisão em seu rosto. Finalmente eu a tinha de volta.

Arthur: Olha, eu caso com você amanhã se disser sim.

Carla: Vai ter que comer muito feijão com arroz ainda pra conseguir me levar para o altar, seu cafajeste! Mas é um sim. Sim para tudo o que disse. Estou lhe entregando meu coração novamente, Arthur Picoli.

Arthur: De Conduru.

Carla: De Conduru. Cuida bem dele, por favor.

E sabe a porra das lágrimas? Pois é, caíram novamente assim que ouvi suas palavras. Pela primeira vez, eu não estava nem aí, pois eram lágrimas de alegria e eram muito bem-vindas.

Arthur: Vou cuidar, prometo! Quero cuidar de você e do nosso bebê. — Fiz carinho na barriga dela. — Estarei sempre presente e serei o melhor pai desse mundo.

Carla: Eu sei — ela disse, fungando. — Nunca duvidei.

Sorri e a abracei, levantando-a no ar. Rodopiei com ela em meus braços e gritei o mais alto que consegui: — Eu te amo, Carla Diaz!

Xxx: Ela já te perdoou, babaca! Agora cala essa boca, trabalho amanhã! — alguém gritou.

Carla: Pare de escândalo. Venha, vamos subir.

Subimos apressados, de escada mesmo, trocando beijos. Saudade, ela também sentia.

Sorri feito um idiota apaixonado. Mas eu era, não é?

Carla Diaz

Eu simplesmente amei a serenata. Muitas pessoas devem achar a coisa mais brega do mundo, mas, para mim, particularmente, era uma sincera demonstração de afeto.

O que ele não sabia era que já o tinha perdoado, mesmo antes dele aparecer cantando debaixo da minha sacada.

Perdoei porque estava difícil demais continuar fingindo que não me importava, porque estava cansada de fazer de conta que sua ausência não estava doendo cada vez mais, dia após dia, e porque eu o amava como nunca havia amado antes.

Claro que o fato de estar esperando um filho dele pesou na minha decisão, estaria mentindo se dissesse que não.

Que mulher não desejaria que o filho crescesse numa família linda e feliz? Ainda mais se ela amasse loucamente o pai dele? Principalmente se esse pai estivesse disposto a provar que havia mudado?

Contudo, isso nunca foi e nunca seria o fator determinante para que eu o perdoasse e, sim, a segunda chance que eu decidi dar a ele. A única.

Acredito que todos a mereçam se o arrependimento for verdadeiro. Afinal, errar é humano, mas persistir no erro já é burrice. Tanto de quem erra quanto de quem aceita.

Quando entramos no meu apartamento, roupas e sapatos foram atirados para longe. Beijos e gemidos embalavam o momento. Declarações e juras de amor eram ditas ao pé do ouvido.

Arthur: Como senti falta disso, Carlinha! — Ele sussurrou enquanto tecia uma trilha de beijos sobre minha barriga. — Amo vocês, amo vocês...

Carla: Eu também te amo, Arthur. — Puxei-o para mim e o beijei na boca. Que saudade eu senti do seu gosto. De fazer carinho na barba loira, de me perder na imensidão  daqueles olhos.

Carla: Senti tanta saudade dos nossos momentos — confessei quando seus lábios deixaram os meus. — A gente fazia uma boa dupla.

Arthur: Fazemos e faremos pra sempre — Arthur me corrigiu.

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