Carla DiazEu nunca fui uma garota que se deixa magoar facilmente.
Tirando aquela vez que desci ao fundo do poço e fui parar na porta da casa do meu ex, mas já faz temo, jamais fui de me humilhar por homem.
Foi por isso que saí correndo do apartamento do Arthur, jamais daria a ele o gostinho de me ver desmoronar.
E, acreditem, aconteceria se eu não fugisse dali o mais rápido possível. Só que, depois de dois dias imersa em uma tristeza profunda, sem comer ou dormir direito, eu estava a um passo de sair correndo e bater na porta dele e implorar que nos desse uma chance.
Já nem sofria mais por tê-lo flagrado com uma garota, mas sim por não o ter comigo.
Segundo a teoria maluca da minha amiga, Arthur deixou que eu visse a garota de propósito, pois, se ele quisesse, poderia muito bem tê-la escondido.
Isso martelava desde então na minha cabeça.
Ele queria me ferir? Afirmar que era um cafajeste convicto ou só me afastar dele? Esperançosamente queria acreditar na última opção.
Se o objetivo fosse apenas me afastar, talvez por não se considerar bom o suficiente para mim, eu lhe provaria o contrário.
Arthur era exatamente TUDO o que queria e precisava, e mesmo que ele negasse para si, eu também significava algo para ele, tinha certeza. Então por que simplesmente não estávamos juntos?
O que poderia ter lhe acontecido no passado para que se fechasse daquele jeito? Eu só pensava nisso, no motivo que o transformara no cafajeste delícia que ele era.
O que quer que fosse, com certeza, estava o afastando de mim.
Ainda havia esperança para nós? Eu deveria simplesmente desistir sem tentar?
Enquanto tentava assimilar meus pensamentos, a campainha tocou.
Não queria ver ou falar com ninguém, estava ocupada demais pensando numa maneira de confrontá-lo, mas a pessoa na porta era insistente demais.
E se fosse ele? Será que tinha se arrependido e estiva ali pronto para pedir perdão?
Levantei-me num pulo da cama, mas antes que eu pudesse chegar até a porta do meu quarto, ela se abriu.
Era a Pocah. Ela tinha a chave do meu apartamento. Nem tentei disfarçar a decepção de vê-la ali, na minha frente.
Tudo o que eu não precisava era da minha amiga jogando baldes e mais baldes de água fria nas minhas esperanças.
Ignorei-a e me joguei na cama, me cobrindo até o pescoço com o edredom.
Pocah: Carlinha? — Ela se sentou na beirada. — Olha para mim, Carla! — Não olhei. — Não vou deixar você ficar deprê por causa daquele galinha!
Sentei-me cega de ódio.
Carla: Qual é o seu problema, Pocah? Como consegue ser tão insensível? Eu estou sofrendo, caramba!
Pocah: Amiga... — Tentou falar, mas não deixei.
Carla: Pare! Não preciso de você me crucificando, dizendo que avisou e que foi melhor assim. Eu gosto dele! Ouviu? E sei que ele gosta de mim também. Não vou desistir!
Pocah: Carla, o cara já deixou claro que não quer nada contigo. Praticamente esfregou...
Carla: Sai da minha casa, Pocah! Por favor, só... Vai embora... — Sei que estava magoando-a, mas nada que dissesse me faria mudar de ideia. Iria atrás dele, estava decidido.
Pocah: Me procura quando quiser conversar. — Não respondi.
Ela saiu do quarto e sequer permiti que o arrependimento me assombrasse pela forma com a qual havia a tratado.
Estava magoada com ela, poxa. Amigas eram para essas coisas, não eram? Ficar do lado da outra até nas piores escolhas?
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O Crossfiteiro Irresistível.
RomanceSinopse: Carla Diaz, nunca pensou que conheceria o homem da sua vida na festa de aniversário de sua afilhada, muito menos que ele seria um cafajeste. Já Arthur Picoli, assim que colocou os olhos na madrinha da filha de seu melhor amigo, de cara, qui...