Capítulo 32 :

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Carla Diaz

Eu estava colocando as roupas na máquina de lavar quando meu celular tocou.

O pobre do meu coração já ficava apreensivo sempre que o aparelho tocava.

Era o Arthur. Milhões de borboletas acordaram e fizeram festa no meu estômago.

Não esperava que fosse ligar tão cedo. As coisas ficaram um pouco estranhas entre nós depois do que aconteceu na boate.

Apesar de ele ter passado a noite comigo e ainda ter me presenteado com um sexo de café da manhã incrível, Arthur ficou distante depois.

Eu quis perguntar o que havia de errado, mas tive medo da resposta. Então ele foi embora, e já fazia dois dias. Trocamos algumas mensagens idiotas nesse meio tempo, mas foi só.

Carla: Alô? — Atendi, um pouco apreensiva.

Arthur: Oi, Pitica. — Não me chamou de Carla. Isso era bom, né?

Carla: Oi, tudo bem com você?

Arthur: Tenho uma proposta.

Carla: Proposta? — Nem sabia ainda o que era, mas já topava.

Arthur: Sim. Estou indo a Cabo Frio visitar um imóvel lá. Está a fim de ir comigo? Ficar uns dois dias?

Se eu estava a fim? Eu tinha nascido a fim de ir a Cabo Frio com ele. Uma viagem, só nós dois? Nem quis processar o resto, só aceitei. Ainda bem, que as gravações do filme tinha acabado semana passada.

Combinamos de ele passar às sete da manhã do dia seguinte, para me pegar.

Carla: Até amanhã! — Fui incapaz de esconder a euforia que se apoderou de mim.

Arthur: Até amanhã, Pitica gostosa. — Ele desligou e eu ainda fiquei alguns segundos encarando o aparelho em minhas mãos, com uma cara de boba.

Fiquei radiante com o convite, mas muito perdida também.

Até quando eu resistiria aos sumiços e aparições repentinas dele? Até quando aceitaria ser apenas uma ficante e me contentar em ser só mais um casinho?

Procurei deixar essas incertezas de lado e fui arrumar minha mala.

Iria a Cabo Frio com o gostoso do Arthur, isso era mais do que poderia esperar, dado o clima estranho entre nós, por isso, deixaria para pensar sobre tudo quando voltássemos.

Na manhã seguinte, o despertador soou e acordei sobressaltada.

Havia uma mensagem do Arthur:

"Bom dia, minha Pitica, daqui a pouco chego aí. Leva o mínimo de coisas possíveis. Ah, veste uma calça e sapatos fechados. ;')"

Calça? Sapatos fechados? Não estávamos indo a Cabo Frio, que de frio não tinha nada?

Havia feito "a mala" para passar esses dias com ele e me pedia para levar o mínimo possível?

Quis enviar uma mensagem de volta, mas devido à exigência do traje, não tive tempo.

Precisava procurar por uma calça que ficasse bem em mim, já que quase nunca usava. Ainda tinha que selecionar o mínimo de coisas para levar.

Meia hora depois, eu estava pronta. Vesti uma camisa lilás meio transparente, a calça e meu coturno, que fazia anos que não usava.

Descartei fazer maquiagem, passei apenas um rímel e um batom nude.

Quando o porteiro avisou que Arthur estava me esperando lá embaixo, peguei a mala, que agora era só uma bolsa de tecido grande, e desci.

Quase caí de costas ao avistá-lo. Meu cafajeste delícia estava em uma moto que mais parecia uma espaçonave.

O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora