Capítulo 66 :

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E mais forte que um raio, aquelas palavras atingiram meu peito.

Tinha deixado de amá-la, porque amava outra pessoa. Amava a Carla, a minha Pitica, a 1,53 mais linda do mundo, a mulher que me libertou daquela prisão sem grades em que eu mesmo havia me colocado por causa da Larissa.

E o pior era que, olhando para ela ali na minha frente, sequer conseguia sentir um pingo de raiva. O que senti foi gratidão.

Sim, estava grato a ela por ter me colocado aquele par de chifres paraguaios.

Se Larissa nunca tivesse feito o que fez, jamais teria conhecido a mulher da minha vida.

A Carla Diaz era a porra da mulher da minha vida.

Arthur: O que existiu entre a gente ficou lá atrás, Larissa. Eu amo outra mulher. — Fiz questão de dizer em voz alta, para sentir o gosto de cada letra.

Larissa: Não pode ter se esquecido de tudo o que a gente viveu! — Ela estava drogada? Que merda era aquela?

Arthur: Ah, mas você esqueceu rapidinho quando estava fodendo com outro cara na nossa cama, não é? Na boa, Larissa, se é perdão que quer, eu a absolvo de todos os pecados. Os que cometeu contra mim, é claro. Agora, se é um otário que está procurando, vai ter que procurar em outra freguesia. — Virei as costas e a deixei ali. — É só encostar a porta quando você sair. Sem ressentimentos — gritei de longe.

Larissa: Você não pode me tratar assim, Arthur, eu sei que ainda me ama! Sei que nunca mais se envolveu com alguém porque ainda me ama!

A maluca começou a gritar e eu, muito calmamente, voltei e me aproximei dela. Agarrei-a pelo braço, tomando cuidado para não apertar muito, e a botei porta afora.

Larissa: Seu idiota! Foi por isso que eu te traí! — gritou, esmurrando a porta já fechada. — Idiota!

Sei lá quanto tempo ela ficou fazendo escândalo na minha porta antes de resolver ir embora.

Que mulher mais maluca! De que merda eu tinha me livrado, viu?

Ainda nem tinha digerido a visita surpresa da Larissa quando o Ronan resolveu aprontar de novo.

Caralho, ele estava pior do que puta fofoqueira!

Dessa vez, foram fotos, várias delas. Nelas, a minha Carlinha dançava colada com um idiota.

Aliás, mal dava para enxergar direito quem eram as pessoas das fotos. Mas sabia que era ela. A reconheceria vendado.

Eles estavam tão juntos, que pareciam um só. Numa das fotos, o cara segurava a cintura dela e parecia estar lhe beijando o pescoço.

Meu mundo parou. Senti como se tivesse levado uma pancada no estômago.

Como se não bastasse as imagens, choveram mensagens do babaca: É hoje que você perde a Carla de vez, idiota!

Você é muito burro, Arthur Picoli de Conduru! Perdeu playboy!

"É hoje que ele paga todo o mal que ele te fez.

Brota no bailão pro desespero do seu ex."

Poderia ter parado aí, já tinha zombado de mim para uma vida inteira, mas não seria o Ronan, não é?

Eles vão transar hoje, meu amigo! A Pocah me disse.

Eu fiquei dividido entre chorar feito um bebê, ou correr atrás do prejuízo.

Que merda eu fiz enxotando a Carla da minha vida?!

Que tipo de babaca doente esfregava outra mulher na cara do amor da sua vida?

Que tipo de idiota abria mão da felicidade ao lado de uma garota tão incrível por causa de trauma de chifre?

O tipo Arthur.

Chifre! Quem nunca levou que atire a primeira pedra, porra!

Olhando para aquelas fotos ruins pra cacete, vendo aquele cara cheio de mãos em cima da MINHA mulher, entendi de uma vez por todas que estava jogando fora a minha única chance de ser feliz.

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O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora