Capítulo 94 :

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Carla: Eu queria ter preparado uma surpresa, mas não aguento mais...

Suas palavras me deixam confuso e curioso, mas quando ela pega minha mão que estava em sua cintura e a leva até sua barriga, eu prendo a respiração.

Não.

Deus eu não mereço tal presente.

Lágrimas surgem em meus olhos os fazendo arder, mesmo que Carlinha não confirme minhas suspeitas.

Carla: Eu estou grávida.

Mas quando ela o faz, eu sorrio de felicidade, e me jogo sobre ela, salpicando seu rosto com beijos, mas tomando o devido cuidado com sua barriga.

Arthur: Obrigado. Obrigado. — Eu digo uma e outra vez a ela entre os beijos.

Carla: Estava com medo de como você reagiria, mesmo que você tenha me dito que ficaria feliz em ter outro bebê.

Arthur: É claro que eu estou feliz. Joguei suas pílulas fora para que... — Eu travo de repente. Merda. A confissão salta da minha boca antes que eu perceba.

Ela congela em seu lugar e eu me afasto para olhar seu rosto que me encara de volta perplexa.

Carla: Arthur! — Ela grita. — Como você pode fazer algo assim? Isso... Isso é só... Arthur! — Ela grita novamente, batendo em meu ombro.

Arthur: Shhh. Acalme-se, isso não é bom para o bebê. — Ela balança a cabeça, ainda incrédula.

Carla: Nunca mais faça isso novamente. Agora vamos ter dois bebes em casa!

Arthur: E os dois são meus. — Digo orgulhos.

Carla: Diga para mim. Prometa que nunca mais fará isso.

Arthur: Você ama ser mãe.

Carla: Sim. Eu amo. Mas isso não deve ser decidido dessa maneira, se você somente tivesse me dito que queria tentar, teríamos tentado. Prometa que não fará isso de novo.

Arthur: Você está feliz com o bebê.

Carla: É claro que estou. Eu amo esse bebê, mas Arthur... Prometa. Agora.

Eu não faço isso. Ao invés disso eu desço para seu ventre, que não demonstra sinais de gravidez ainda, e o beijo longamente.

Arthur: Olá, bebê. Aqui é o seu pai. — Beijo seu ventre outra vez. — Eu amo você.

Carla: Arthur Picoli de Conduru. — Ela diz exasperada.

Não passou despercebido a ela, que eu não fiz nenhuma promessa.

Eu jamais mentiria ou enganaria minha Pitica. Minha 1,53 somente merecia a verdade e nada mais, e eu não poderia prometer uma coisa, que eu não estava inclinado a cumprir.

Tentaria não fazer isso novamente, mas eu amei a experiência de vê-la  grávida e estava ficando viciado na sensação de segurar um bebê nos braços, Maria Clara estava crescendo, e eu já sentia falta de ter um bebezinho em casa.

Meu bebê.

Estava viciado no amor incondicional que eu sentia somente ao saber que existia um ser em seu ventre, tão indefeso, tão meu. O nosso fruto. O fruto do nosso amor.

E algo me dizia que eu ainda falaria com seu ventre dessa forma inúmeras vezes. Eu somente não diria isso a ela agora.

Nosso amor nunca tinha sido o mais normal do mundo. Nosso amor nunca tinha sido o mais saudável do mundo.

Mas o nosso amor era, provavelmente, o mais incondicional. O mais surreal e o mais sublime.

As coisas nem sempre tinham sido flores, e nem sempre seriam flores.

Mas enquanto eu vivesse, eu daria a minha vida, eu daria cada gota do meu sangue, a fim de provar o meu amor a Carla e a fazê-la feliz.

Ela que tinha me aceitado como sou. Um cafajeste, o crossfiteiro irresistível dela , como ela sempre falava. Ela que conseguiu me amar acima dos meus defeitos.

Ela que me devolveu uma vida que eu não sabia que tinha perdido. Que devolveu o meu coração, que eu tinha dado a ela, em forma de filhos.

Ela que me completou e fez minha vida ter sentido.

Ela a quem eu amaria até quando o último raio de sol iluminasse o planeta terra.

Fim........

Gente, finalmente o fim. Quero agradecer a cada uma de vocês, principalmente as que estão desde o começo. Muito obrigada!

O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora