Pocah: Está me dizendo que nem entrou, mas a viu? — perguntou, confusa.Carla: Sim. O imbecil escancarou a porta quando a abriu. Provavelmente, nem imaginava que fosse eu.
Pocah: É claro que ele sabia que era você, Carla. Pra que existe olho mágico? O filho da puta queria que você visse! Que cretino!
Carla O quê? Por quê? O que ele ganharia com isso? — Aquilo não fazia sentido.
Pocah: Não faço ideia, mas está claro que ele não estava preocupado em ser visto com outra, nem por você. Parece até que queria ser pego.
Carla: Mas com que intuito?
Pocah: O cafajeste tentou se explicar, pelo menos?
Carla: Eu saí correndo de lá.
Pocah: E ele não foi atrás de você?
Carla: Não. – Não, simplesmente ficou lá, parado e mudo.
Pocah: Oh, Amiga... Desculpa ter que dizer isso, mas a gente sabia que esse dia chegaria. Você pode estar brava, triste, mas não surpresa, pois é isso o que aquele lá faz. Ele usa as mulheres e as descarta.
Carla: Por que você duvida tanto que o Arthur possa ter mudado?! — Não me conformava por ter me enganado tanto.
Pocah: Exatamente pelo que ele acabou de fazer, Carla. Meu Deus! Nem tenta defendê-lo. Ele acabou de esfregar uma vadia pelada na sua cara!
Carla: Pare! — Como ela podia ser tão cruel? Eu estava sofrendo e ela continuava me lembrando o que mais queria esquecer.
Ronan ouviu nossa discussão e retornou à sala. A louca direcionou a raiva para o marido.
Pocah: O salafrário do seu amigo nem se deu ao trabalho de esconder a periguete, acredita? Praticamente a esfregou na cara da Carla e nem tentou se desculpar. Ele fez de propósito, Ronan!
Carla: Chega, Pocah, que droga! — Virei-me para o Ronan. — Por que o Arthur faria uma coisa dessas? — Tinha esperanças de que meu amigo pudesse esclarecer, mas ele apenas balançou a cabeça em negativa.
Peguei a minha bolsa e saí, sem dar ouvido aos gritos desesperados da Pocah sobre estar certa e de que tinha sido melhor assim.
Minha vontade era enforcá-la pela possibilidade de estar com a razão.
Enquanto descia a escada, tentava assimilar as suposições dela. Se o Arthur tivesse mesmo feito de propósito, qual era o seu objetivo? O que ele queria provar?
Talvez fosse o cafajeste de sempre e só tinha resolvido se divertir um pouco mais com uma única mulher. Mas, como de costume, se cansara depois de um tempo. Se é que tinha ficado só comigo mesmo.
Imagens dele com outras mulheres surgiam na minha mente e meu coração se apertou tanto, que pensei que ele fosse quebrar.
Pensar que poderia estar comigo e com elas me dilacerou.
Eu queria sumir, desaparecer, mas a única coisa que conseguia fazer era chorar com a cabeça apoiada no volante do carro.
O que tinha feito de errado para que se desencantasse de mim? Nem sei por quanto tempo permaneci trancada dentro do carro chorando. Chorei até esgotar todo o meu estoque de lágrimas.
Só então fui para casa. Só queria minha cama e uma boa dose de sonífero que me fizesse dormir por uns, sei lá... cem anos.
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O Crossfiteiro Irresistível.
RomanceSinopse: Carla Diaz, nunca pensou que conheceria o homem da sua vida na festa de aniversário de sua afilhada, muito menos que ele seria um cafajeste. Já Arthur Picoli, assim que colocou os olhos na madrinha da filha de seu melhor amigo, de cara, qui...