Capítulo 17 :

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ARTHUR

No outro dia, estava almoçando com a minha tia e minha prima no shopping, quando elas me lembraram do que eu queria tanto esquecer.

Julia: Sábado vamos comemorar o aniversário da Mari. Eu convidei alguns amiguinhos. Você vai, né filho? — minha tia perguntou.

Arthur: É claro que vou — respondi, piscando para minha princesa.

Mari: Leva a sua namorada — ela pediu.

Arthur: Quem te falou que eu tenho namorada? – Como assim eu tinha namorada e nem sabia?

Mari: Ficante? — ela insistiu.

Julia: Ela está falando da Carla — a mãe esclareceu.

Arthur: E quem disse que a Carla é minha namorada, tia?

Julia: Eu sei que ela não é, mas sei que está rolando alguma coisa. — Sua voz soou tão confiante que até acreditei.

Arthur: É, sua espertalhona? E quem foi que te disse isso?

Julia: Ninguém, foi meu sentido aranha.

Arthur: Ah, tá bom, Peter Parker. Vou ver se ela está a fim de ir, mas não garanto nada.

Mari: Meu Deus, Carla Diz, vai vim para o meu aniversário, todo mundo vai ficar com inveja. – ela saiu da mesa cantarolando, enquanto eu e Tia Julia riamos.

E foi assim que minha tentativa de voltar para a gandaia foi totalmente deixada de lado, pelo menos por enquanto. Quando dei por mim, estava convidando a Carla para o aniversário da minha priminha. Se eu estava decidido a deixá-la, convidá-la para uma festa em família com certeza não seria o caminho.

Carla Diaz

Depois do nosso segundo, e ao que tudo indicava, último encontro, não tinha mais visto ou falado com o Arthur. Já estava me conformando que não me procuraria, afinal, ele desapareceu.

Provavelmente, tinha se cansado de mim, ainda mais depois de me levar para sair, pagar teatro, comida, gastar com gasolina e ir embora sem a sobremesa.

Poxa, se ele tivesse dado ao menos indícios de que queria entrar no meu apartamento, eu teria o atacado e o puxado para dentro. Mas perguntar se ele queria entrar? Essa coragem eu não tive.

Mas aí veio a surpresa: Ele ligou me convidando para o aniversário da sua priminha de 11 anos. Íntimo demais para quem não queria compromisso, não é?

Topei na hora. Eu precisava recuperar o tempo perdido, se é que me entendem.

Quase caí de costas quando abri a porta para ele naquele dia. O homem estava irresistível. Como ele podia ficar mais lindo a cada vez que nos encontrávamos?

Arthur tinha feito a barba, o que me dava uma visão privilegiada das linhas de expressão ao redor da sua boca. Seus cabelos estavam bagunçados e ainda molhados.

Ele usava um blazer de cor mostarda por cima de uma camiseta branca, um jeans surrado e um All Star branco. Estava delicioso! Eu o convidei para entrar, mas, antes que eu pudesse me afastar para terminar de me arrumar, ele agarrou o meu pulso e me puxou para si.

O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora