Capítulo 9 :

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Arthur:  Eu conheço um restaurante novo que abriu aqui perto, podemos ir até lá. Você gosta de comida japonesa?

Carla: Eu gosto. — Dei um sorriso.

Arthur: Ótimo.

O restaurante era realmente maravilhoso, e a comida excelente. Pedimos uma barca e alguns saquês. O Arthur nunca tinha experimentado saquê antes. É claro que ele não gostou, então decidiu beber suco de laranja.

Conversamos sobre tudo, até sobre os tempos da faculdade, mas sem as partes picantes. Ele quis saber sobre minha profissão, sobre os meus pais.

Conversamos sobre o tempo em que ele viveu nos Estados Unidos. Compartilhamos o nosso medo de voar de avião, saltar de asa-delta e voar de balão, ou seja, tudo que envolvia altura.

Carla: Deve ter sido difícil voar para os States tendo tanto medo de avião.

Arthur: Sim, mas às vezes fazemos escolhas e precisamos enfrentar o nossos medos para seguirmos adiante, concorda? — Seu olhar pareceu perdido por alguns instantes.

Carla: Concordo. Espero que suas escolhas tenham realmente feito você seguir adiante. — ele encarou-me com uma expressão indecifrável e depois abriu um sorriso.

Arthur: É, funcionou para mim. Quer mais saquê? — perguntou, claramente mudando o assunto.

Carla: Não, obrigada.

Mudamos de assunto e começamos a conversar banalidades.

Como aquele cara na minha frente, rindo e se divertindo comigo, poderia ser o mesmo dos tempos da faculdade do Ronan? Tirando a parte em que ele disse que eu fui uma boa escolha para madrinha da Vitoria e que meu nome era bonito como a dona, sequer flertou ou se insinuou para mim.

Será que eu não fazia o tipo dele? Parecia que ele estava dando em cima de mim na festa, ou a Pocah não teria ficado tão brava com o Ronan.

Então por que ainda não tinha partido para o ataque? Por que não estava jogando seu charme de cafajeste para cima de mim? E por que não estava tentando me levar para a cama?

Talvez estivesse arrependido por não ter investido em alguma musa fitness presente na festa.

Não que eu estivesse desesperada para ele me beijar com aqueles lábios vermelhos. Ou desesperada para passar os dedos naqueles cabelos loiros meio espetados. Ou quem sabe, desesperada para descobrir se havia um tanquinho  ali debaixo da sua camiseta preta que o deixava ainda mais loiro. Tá, talvez eu estivesse, sim, desesperada, mas só um pouquinho.

O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora