Capítulo 37 :

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Arthur: Você está linda! — Aproximou-se e me deu um beijo no rosto.

Carla: Você também não está nada mal. — Devolvi o elogio, passando os braços em volta do seu pescoço.

Arthur: Reformulando a minha frase, VOCÊ É LINDA!! – As mãos experientes do meu cafajeste caíram para minha cintura, e ele me puxou para um beijo.

A princípio, começou lento. Arthur passou a língua sobre os meus lábios pedindo passagem.

O beijo foi uma overdose de sedução e, para mim, puro sentimento.

Ele continuou me beijando pacientemente, dando pausa para mordiscar meus lábios antes de atacá-los novamente.

Já estava quase me desmontando com tamanha intensidade quando ele se afastou, quebrando aquele momento mágico.

Arthur: Eu soube que vai ter um show do Menos é Mais na praia.

Carla Hum, bacana. — Fiquei mexida demais por conta do beijo tão envolvente. — Um pagodizinho. A gente pode ir se quiser.

Arthur: Eu adoraria. — Assentiu, me olhando nos olhos por alguns instantes, antes de me conduzir para fora do quarto.

Se no quarto o clima tinha ficado quente entre a gente, no restaurante ficou um pouco estranho.

Arthur parecia perdido em pensamentos e eu nem imaginava como reverter a situação.

O cafajeste sempre ficava distante depois que demonstrava um pouco mais de afeto do que queria. Ou , o fato de estarmos em local público, todo mundo olhava para onde estávamos, e sempre aparecia alguém pedindo para tirar foto.

Mas, por mais que a situação me deixasse inquieta, eu estava feliz, pois sabia que ele sentia algo também.

Sim, sentia. Embora eu desconhecesse o motivo da sua dificuldade em admitir.

Pedimos algumas cervejas e, lá para a quarta garrafa, o climão desapareceu, graças a Deus!

Conversamos sobre a nossa infância. Eu contei como era ser filha única e ele contou como foi ganhar uma irmãzinha aos dez anos.

Falava da Daniela e da Thais com tanto amor e admiração, que me vi sentindo uma pequena invejinha da relação deles.

Se, quando o conheci, já tinha sido difícil acreditar que o cara na minha frente era mesmo o amigo dos tempos da faculdade do Ronan, imagina depois de um mês convivendo com ele?

Eu preferia acreditar que eram pessoas distintas.

Terminamos a nossa refeição que, àquela altura, era regada a beijos e mãos bobas, e seguimos caminhando pela orla.

Por sorte, o restaurante ficava perto de onde aconteceria o show. Caminhamos de braços dados ao som de algum artista que já se apresentava no palco.

Arthur: Você está incrível com esse vestido, Carlinha — murmurou sorrateiramente no meu ouvido, antes de esfregar a barba no meu pescoço.

O pequeno toque foi o suficiente para me incendiar e me deixar molhada.

Se bem que minha calcinha já estava ensopada pelas brincadeiras no restaurante.

Senti minha pele arder ao lembrar-me dos dedos ágeis se embrenhando dentro dela enquanto eu comia um pedaço de peixe frito — quase engasguei.

Fiquei surpresa e em chamas, e o sacana continuou me provocando durante todo o jantar.

Arthur: Estou com vontade de te levar para o hotel agora mesmo e tirá-la de você. — Continuou com as provocações.

Carla: Se quiser, podemos ir. — Nem me importaria de perder o show.

Arthur: Temos tempo. Vamos assistir ao show, é pagode. E quero dançar agarradinho contigo.

Meu sorriso se alargou. Estava começando a ficar dependente daquelas demonstrações de afeto.

Quando chegamos ao local do show, estava lotado.

Conseguimos nos esgueirar entre a multidão — eu, com muita dificuldade por causa do salto e as pessoas me parando para tirar mais fotos. —  ficamos bem próximos ao palco.

O pessoal do Menos é Mais começou a apresentação ao som  dos gritos e palmas eufóricas da multidão.

Arthur me puxou para ficar na frente dele, se esfregando em mim, para que eu ficasse ciente do quanto havia gostado da minha roupa — palavras dele —, depois me abraçou e apoiei os braços sobre os dele.

A primeira música tocada foi "Melhor eu ir". Arthur cantarolava no meu ouvido, mas eu estava longe dali. Minha cabeça viajava para as mais recentes demonstrações de afeto vindas dele.

Queria muito acreditar que estava tão envolvido quanto eu. Desejava arduamente que ele desse o próximo passo e assumisse a nossa relação.

Eu já estava considerando abordá-lo em uma conversa, mas o medo de afugentá-lo me fazia desistir, afinal, ele era um cafajeste assumido.

Difícil era saber se estava disposto a abandonar o posto.

Quando a música "Deixa tudo como ta" começou, Arthur me virou de frente e me beijou — mal sabia eu que aquela seria uma das minhas músicas de sofrência preferida por causa dele.

Nós nos beijamos ao mesmo tempo em que tentávamos dançar.

Por fim, tirei os sapatos, que estavam cheios de areia, e continuamos dançando as próximas músicas.

Ensinei ele a fazer o passinho do pagode e ele amou. Ele fica me imitando.

Lá para a décima música, Arthur me chamou para voltarmos para o hotel. Concordei na hora. Queria muito que o meu cafajeste apagasse aquele fogo todo que estava me consumindo.

E ele apagou.

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O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora