Cap 42

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•Maya•

Levantar e correr pro banheiro, meu mais novo despertador. Há dois meses mt a primeira coisa que eu faço de manhã é vomitar. Literalmente.

Assim que termino, lavo a boca e começo a me despir. Enquanto a banheira enche, paro em frente ao espelho.

Minha barriga não tá tão grande, mas já da pra ver a diferença. A pergunta "será que vou ser uma boa mãe" não para de rodar minha cabeça. A dúvida é grande.

Entro na banheira e me sento.

Fico imaginando quem ela vai puxar. Se vai parecer comigo, ou com o pai dela. Nunca pensei que me perguntaria uma coisa dessas. Rio sozinha.

- é, eu não esperava por você - falo acariciando minha barriga - mas saiba... que eu nunca, jamais, vou te abandonar. Independente de qualquer coisa. Planejada ou não. Você é minha filha, e eu vou amar você.

Pois é eu disse minha, tenho quase certeza de que é uma menina. É o único palpite no momento, já que não contei a ninguém. Além do Lennon.

Mas não é como se mudasse alguma coisa, ele não fala comigo desde segunda-feira. Já se passaram três dias e nada, nenhuma notícia.

Fico me perguntando se ele acha que o filho é de outra pessoa. Se ele dúvida que possa ser dele. Certeza ele realmente não pode ter, pois eu não respondi quando ele perguntou.

Também to preocupada com oque meus pais vão dizer. Meus país sempre quiseram um neto vindo de mim. Na verdade todos querem.

Mas acho que não vão reagir bem, sabendo que eu vou ter o filho sozinha.

Por mais que eu esteja morrendo  de medo, decidi contar hoje. Afinal, minha barriga tá crescendo, não posso esconder por muito tempo.

Também tenho que falar com a Laura, não vou poder fotografar grávida. Não vão aceitar. Isso sim é um problema. Se eu não puder trabalhar, não vou ganhar meu salário. Tudo bem que eu tenho bastante dinheiro guardado, mas não acho que seja o suficiente pra dois meses.

"Não aqui..."

Não! Não posso ir pra Itália  toda vez que eu tiver um problema. Mas eu realmente preciso resolver isso.

Saio da banheira, me enrolo na toalha e vou pro quarto. Me sento na cama pegando o telefone. Mando mensagem pras meninas pedindo pra me encontrarem na praça as 16 e elas topam.

Começo a me arrumar pra ir fazer a ultra do mês.  Não me maquio muito porque depois eu vou pra agência e o ensaio hoje vai ser a tema. Então provavelmente vai ter alguma maquiagem específica e extravagante.

Calço o sapato e saio de casa. Entro no carro, que eu pedi pro Léo deixar comigo pra não ter que me pegar em algum lugar.

Coloco uma música e vou cantarolando no caminho. Estaciono em frente a clínica. E entro. To com hora marcada pra 8.30 e já eram 8.25 então já vou direto na sala dela. Bato na porta e ela manda entrar.

- bom dia mamãe - fala sorrindo.

- bom dia Camila - respondo e me sento do lado dela.

Eu conheço a Camila já alguns anos, venho nela todo mês pra checar como eu to e pegar minhas pílulas.

- como você tá?

- eu to bem, tirando os enjoos, e você

- to bem também - sorri - então, como você tá se sentindo ultimamente? To falando de sintomas agora - fala escrevendo no computador.

- de vez em quando me sinto tonta, e to tendo muito enjoo. - falo e ela anota.

- entendi, sabe que é normal né? - pergunta e eu assinto.

- sei sim, mas eu queria saber se não tem nada que eu possa vagare epa diminuir - pergunto fazendo careta - vomitar é praticamente oque eu mais faço no dia.

- você tá se alimentando?

- não muito, não para nada no meu estômago - falo.

- esse é o maior problema, se você se alimentar os enjoos vão diminuir. Ficar de estômago vazio só piora - fala anotando. - vou te passar mais algumas vitaminas e vê se se alimenta direito.

- tudo bem - respondo.

- agora deita, vamo ver esse neném - fala e eu me deito na maca levantando a blusa.

Ela põe o gel na minha barriga e espalha. Depois pega o monitor e apoia fazendo círculos lentos.

- olha, a cabeça dele tá aqui - aponta e eu olho.

- nossa, ele tá grande - falo sorrindo.

- ta sim

- quando que vai dar pra saber o sexo? - pergunto ansiosa.

- mês que vem já podemos saber, podemos saber hoje se você quiser fazer o exame de sangue - da de ombros.

- vou fazer hoje  então, acha que dá tempo? - pergunto olhando a hora.

- sim, você faz o exame agora e passa  de tarde pra pegar - fala e eu assinto -
quer ouvir o coração?

- quero - respondo animada.

Logo um som preenche a sala e eu sorrio. Sinto as lágrimas caindo e rio.

- é lindo né? - pergunta.

- é muito - falo.

O Lennon iria adorar estar aqui agora. Aposto que ele choraria. Na hora que penso isso meu rosto fecha. Não de raiva, mas de tristeza. Se ele não tá aqui agora é por culpa minha.

- Maya? - a olho - tá tudo bem?

- oi? To, to sim - falo secando as lágrimas e balanço a cabeça.

- certeza? - assinto - vamo fazer o exame então?

- vamo - falo me levantando.

(...)

Fiz o exame e escutei as indicações dela. Eu vou me entupir de comida se isso for fazer os enjoos parar.

Entro no carro e parto. Estaciono em frente à agência e saio.

Tranco o carro e me preparo pra atravessar.

Porém quando tava na faixa evito uma buzina alta e olho pro lado me assustando com o carro vindo na minha direção.

- Maya! - escuto alguém gritar e me viro vendo Lennon vindo na minha direção.

Sinto o impacto dele contra mim e caímos no chão. O carro passa direto e bate no poste perto da gente.

Uma barulho agudo começa a soar no meu ouvido e minha vista começa a ficar turvar. Meus olhos abrem e fecham.

- Maya? Tá bem? - sinto ele me balançar - Maya responde pelo amor de Deus.

Não consigo responder, sinto que estou perdendo a consciência e a última coisa que sinto é ele me pegando no colo e levando pro carro.

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Eiitaaaaa
Será que a Maya vai ficar bem? E o bebê?
E oque será que o Lennon tava fazendo na agência?

Espero que estejam gostando.
Bjs 😘

Abre a porta - L7nnonOnde histórias criam vida. Descubra agora