•Maya•- tem certeza que não tem problema? - pergunto terminando de amamentar a Valentina.
A Malu eu já tinha amamentado e ela tava dormindo, milagre. Coloco a Valentina, que também dormia, do seu lado e ajeito os travesseiros em volta.
- tenho sim, Melissa falou que faz tempo que você não sai pra curtir assim. Precisa aproveitar - Nádia fala.
- obrigada - sorrio fraco.
Eu e a Nádia estamos super de boa. Nós tratando como duas pessoas normais, como se nunca tivesse acontecido nada.
Mais e aquele ódio todo Maya? Então... eu realmente não gostava nem um pouco dela, mas se eu resolvi dar uma chance eu vou com tudo.
- de nada, aproveitem. - fala antes de eu sair.
To me convencendo de que não foi uma ideia tão ruim aceitar uma amizade com ela. Ela é simpática, parece ser uma boa pessoa, pelo menos agora.
Vou pro meu quarto e pego os saltos e o telefone. Desço e encontro Melissa na sala.
- não acredito que vou numa balada
- falo rindo - fazem oque? Um ano e nove meses? - falo calçando os saltos.- não, tu foi com cinco meses de gravidez que eu sei.
- minha barriga tava pequena, tinha que aproveitar. De qualquer forma faz bastante tempo- falo e saímos - aliás como você sabe?
- to nos melhores amigos da Fernanda - fala e eu murmuro um "aaahh".
(...)
Desço do uber depois dela e pago. Não sou louca de descer e deixar ela ali. Me aproximo de Melissa e encaro a boate junto com ela.
- tem certeza que é bom aqui? - pergunto.
- pelo que dizem é sim, o pior que pode ter são as músicas italianas - da de ombros e eu concordo.
Andamos até a entrada e mostramos as pulseiras que Melissa comprou. Eles liberam a nossa entrada encarando Melissa um pouco desconfiados.
Não julgo. Vamos combinar né, a Melissa tem 19 mas tem cara de 16. Ja foi barrada tantas vezes por isso coitada.
Vamos direto pro bar e eu peço uma garrafa de vodka pra nós duas. Ele coloca a garrafa na mesa e eu a encaro.
- a gente dá conta? - ela pergunta e eu sorrio maliciosa abrindo a garrafa.
- se você não der eu dou - viro um gole e faço uma careta de leve - delícia! - falo e estico a garrafa pra ela que dá um gole longo - devagar aí hein. Quero curtir, não brincar de babá.
Ela faz uma careta e eu rio. Ficamos ali até terminar a garrafa e depois vamos pra pista. Começamos a dançar juntas de costas uma pra outra.
Eu amava esses momentos que eu tinha com a Melissa. Nesse momento ela era uma simples amiga daquelas parceiras de mico sabe? Daquelas que faz merda com você a noite toda e no outro dia vocês acordam uma em cima da outra, mortas de ressaca.
Vejo de longe alguns caras me olhando e tento ignorar. Um pouco difícil por serem gatos.
- aproveita, tu tá solteira. Não tem nada de errado - fala lendo meus pensamentos.
No fundo eu tava com um pé atrás por causa do Lennon, mas se ele seguiu em frente porque eu não posso? Acabou mas eu não morri.
Sorrio pra Melissa e ela entende se afastando e se perdendo na multidão.
Olho pra um dos caras e sorrio como convite, ele entende e se aproxima começando a dançar junto comigo.(...)
- porra - Melissa fala se aproximando - Foram quantos? - pergunta se sentando no banquinho.
- só 3 - falo e ela me encara fazendo careta - tá tá, foram uns 5, não mais de 7 - levanto as mãos e viro o shot.
- meu Deus, você leva tudo ao pé da letra - fala pedindo um shot pra ela.
- com energético serio? - pergunto com nojo. Ela assente.
- é bom vey.
O bom é que eu e Melissa nos damos bem com álcool, se não já estaríamos jogadas por aí. Porém isso não significa que ele não faz efeito nenhum.
- o "açaí" que eu conheço é aqui perto. Bora lá? - pergunto.
Sei que eu disse que não tinha açaí aqui, até tem mas é tão fraquinho que nem conta. O maior não chega nem em 500ml e no máximo eles colocam banana e granola. Não da pra satisfazer mas da pra melhorar um pouco da minha ressaca. Apesar da noite de hoje eu tenho filhas pra cuidar.
- pode ser, vamo ver se funciona pra mim também isso - fala.
- o gelo acaba com o fogo do álcool rapidinho, então pelo menos o juízo você recupera - pisco.
Saímos da boate e pedimos um uber. Oque a gente vai gastar com uber hoje é foda.
(...)
- tá melhor? - pergunto limpando a boca.
- até que to - fala - tu tá sóbria? - pergunta surpresa.
- quase - rio - eu disse que em mim funciona. To renovada - falo suspirando - bora?
- eu quero mais - reclama.
- não Mel, era só pra ressaca, tá frio demais aqui pra ficar ostentando - falo e puxo ela pra fora depois e pagar.
Chamo um uber e ele demora menos de 10 minutos pra chegar. Entro com ela no uber e fomos pra casa. Ela veio o caminho todo dormindo. Tá aí uma coisa que eu nunca soube, se o sono é culpa do açaí ou so restante da ressaca.
Meu celular começa a tocar e eu atendo. Era Nádia.
- alô?
- alô? Maya! Elas acordaram, elas estavam chorando e eu consegui acalmar a Valentina mas a Malu não para de jeito nenhum. Tem alguma sugestão? - pergunta desesperada.
- tenho sim, tô indo pra casa - respondo e desligo antes dela responder.
Uns vinte minutos depois chegamos em casa. Deixo Melissa no quarto e subo pra tomar um banho pra tirar o cheiro de álcool.
Desço e pego a Malu no colo, coloco a chupeta na sua boca e começo a ninar ela que logo começa a fechar os olhos.
Não podia dar de mamar pra ela agora né. Só vou dar leite amanhã a noite, dar um tempo até o álcool ir embora.
Coloco as duas na cama e me deito junto, caindo no sono.
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Ooiii
Tá aí o cap.Espero que estejam gostando.
CURTEM E COMENTEM.
Bjs 😘
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Abre a porta - L7nnon
Fanfiction"Não vou deixar meu medo afastar a gente, não mais." Maya Esposito tem 25 anos e é modelo. Depois de dois anos na Itália por um concurso, o qual ela venceu, ela está de volta ao Brasil. Desde os 15 ela tem uma ideia muito clara sobre namoro. E desd...