Cap 63

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•Maya•

Escuto o choro da Nina e corro pra sala a encontrando sentada no chão perto da mesinha de centro. Ela tava com a mão na cabeça, então deduzo que tenha batido na mesa.

- oh meu amor - falo a pegando no colo e acaricio sua cabeça beijando logo em seguida - vai sarar tá bom.

Olho em volta e não vejo a Malu. Pronto cadê essa menina. Eu não posso sair um segundo que ela some.

Escuto sua risada e a sigo até o quintal. A encontro brincando com o Lennon que mordia sua barriga fazendo cócegas na mesma. Eu ficaria encantada se não estivesse puta com ele e se isso não fosse tão raro.

- ah é você - falo aliviada - vigia a Malu, vou entrar com a Nina, ela bateu a cabeça.

- você não tava vigiando ela? - pergunta.

- é difícil vigiar duas crianças e fazer as coisas de casa ao mesmo tempo. Ainda mais sozinha.

- é só manter as duas perto né - fala  se aproximando e olhando a cabeça da Nina. Me afasto.

- se tivesse aqui talvez ela não tivesse se machucado - falo entrando.

- vai começar? Eu tava trabalhando esqueceu - fala vindo atrás de mim cima a Malu no colo.

- e tem como esquecer? - pergunto me virando - é só oque você tem feito ultimamente, não lembro de te ver com suas filhas por mais de meia hora nesses últimos meses.

- Maya eu lancei várias músicas nesses últimos meses, não posso simplesmente lançar e sumir. Eu tenho que tá ali.

- você também fez duas filhas nesse último ano. Não pode simplesmente fazer e sumir. Você tem que tá ali pra elas - falo o calando - Me dá a Malu - falo estendendo meu braço livre.

- a onde você vai? - pergunta me dando ela.

- pra casa da Mariana - falo subindo as escadas e indo pro quarto. Ele me segue.

- vai ficar lá? - me olha com medo.

- não, vou passar a tarde lá como o combinado. Saberia se não estivesse tão ocupado conversando com meu irmão sobre uma música nova - falo arrumando a bolsa das meninas - mas  se você continuar desse jeito, você mesmo vai sair daqui. Até aprender de que suas filhas são e sempre foram prioridade, desde que nasceram.

Pego a bolsa das meninas e desço saindo.

- eu te deixo lá, já to saindo de novo também - assinto e entro no carro.

Fomos o caminho inteiro em silêncio. De vez em quando ele me olhava querendo dizer alguma coisa mas eu virava o rosto mostrando que era melhor não.

Assim que ele estaciona na frente do prédio eu desço. Tiro as meninas das cadeirinhas e vou pra calçada.

- tchau Lennon - falo.

- se cuidem - beija a testa das meninas e vem me dar um selinho mas eu recuo. Ele respira fundo e assente me dando espaço pra virar e entrar no prédio.

Como o porteiro já me conhecia, ele não ligou quando eu pedi pra que ele não avisasse. Subo direto e toco a campainha.

Você deve tá se perguntando, e a Fernanda gente? Bom a Fernanda teve o bebê há algumas semanas. A vida dela tá igual a minha no começo. Ela não tem muito tempo pra sair agora.

No final era um menininho. Coisa mais fofa que tem. E o melhor genro também.

Ela demora um pouco pra atender mas logo abre a porta enquanto termina de fechar o robe. Franzo a testa desconfiada.

Abre a porta - L7nnonOnde histórias criam vida. Descubra agora