Cap 96

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•Maya•

- ok temos - Ana grita no meio do ensaio e todo mundo para.

- tem certeza? - pergunto.

Hoje foi o dia que eu fotografei pra revista. Eu to meio nervosa com isso, mas to tentando disfarçar. Sinceramente não to muito segura com as fotos, não sei se dei o meu melhor.

- sim estão ótimas - responde sorrindo e olhando pro computador onde as fotos eram expostas.

- talvez seja bom refazer, por precaução - falo.

- Maya, as fotos estão ótimas, relaxa. Tá liberada já - diz e eu assinto ainda meio insegura.

- que cara é essa? - Enrico aparece pondo a cabeça pra dentro do camarim.

- não acho que as fotos tenham ficado tão boas assim. Sei lá - digo vestindo a blusa.

- eu vi as fotos, estão incríveis, relaxa - fala empurrando meu ombro de leve - quando você volta?

- pra onde?

- pro Brasil né.

- faltam quatro dias - falo e ele faz bico.

- mal chegou e já vai me abandonar.

- eu fiquei aqui por um mês e meio. Nos vimos todos os dias. E também, você pode me visitar quando quiser. Minhas portas estarão abertas pra você e seu marido - falo e ele franze a testa.

- marido?

- é, vocês moram juntos. Sai praticamente casados.

- então você também é - fala fazendo eu parar pra encara-lo - no Brasil você mora com o Lennon não?

- moro...

- Maya Esposito você é casada - fala me zoando.

- O caralho! Tchau pra você - dou um beijo na sua bochecha e saio da li.

O último desfile foi ontem de ontem. Agora eu só tenho ensaiados normais e o resto do dia eu aproveito com meus avós e meus pais já que ele vão continuar aqui.

Pego o telefone pra chamar um uber mas me assusto quando alguém toca meu ombro esquerdo. Me afasto assustada e olho pra trás vendo Lorenzo. Suspiro aliviada.

Nesses últimos dias a gente tem se falado de vez em quando. Ele tem vindo aqui direto ver a Ana, e a gente aproveitava pra conversar.

A gente conversou, ele me pediu desculpas e tá tudo bem. Só espero que ele não esteja esperando eu chamar ele de irmão.

- ah oi - falo mais tranquila pro ser ele.

- ainda tá assustada né - pergunta e eu assinto - espero que isso passe.

- eu também - digo e sorrio sincera.

- tá indo embora?

- to - falo e volto a me concentrar no telefone pra chamar o uber.

- não precisa chamar, eu acabei aqui. Te levo se quiser - fala vendo oque eu estava fazendo.

- tem certeza? Não vai esperar a Ana?

- ela vai demorar, e eu tenho que resolver umas coisas, da tempo de eu vim buscar ela depois. Vamos - me indica o caminho até o carro.

No caminho ele me fez perguntas do tipo "como estão as meninas?" Ou "quando você vem pra cá de novo?". Eu contei pra ele que estava de passagem por aqui.

- obrigada pela carona - sorrio e abro a porta.

- não tem de que - responde sorrindo também - a gente se vê irmãzinha.

Abre a porta - L7nnonOnde histórias criam vida. Descubra agora