Cap 84

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•Maya•

Estava no quarto deitada com o Lennon e as meninas. A gente tava brincando, quando de repente a porta se abre e Melissa entra igual um furacão.

- eles chegaram - fala e a gente levanta.

- se você quiser pode ficar aqui com elas - falo pro Lennon.

- se precisar chama - fala e eu faço uma careta quando sinto um cheirinho estranho.

- aproveita que você vai ficar no quarto - me aproximo - e troca a frauda da sua filha - dou dois tapinhas no seu ombro e sorrio enquanto ele me encara apavorado.

- ah não, troca aqui Maya - fala e eu nego saindo.

Eu e Melissa descemos as escadas bem na hora que eles entraram. Me aproximo e ajudo Nádia a se sentar no sofá.

- você tá bem? Precisa de alguma coisa? - pergunto checando ela.

- se não for incômodo, um copo de água. Mãe, por favor me diz que a senhora fez uma daquelas comidas que não dá pra comer uma vez só? - pergunta pra minha avó e nós rimos.

- eu fiz fricassê - fala.

- aí que ótimo - Nádia responde.

- vou trazer sua água - falo me afastando.

- não precisa, tá aqui - Léo aparece atrás de mim.

- obrigada - agradece - você não precisam ficar em volta de mim me encarando, eu não vou morrer hoje gente.

- to tentando me convencer disso - minha avô aparece e se senta ao lado dela. Minha avó se junta a eles e eu me afasto um pouco.

- vamo dar um tempinho pra eles - falo e me levanto indo pra cozinha com eles atrás de mim - to com medo de como eles vão ficar, quando ela se for.

- eles vão sofrer, isso é óbvio - minha mãe fala - foi perder um filho - fala abaixando a cabeça.

Eu devia ter tido um irmão, mas minha mãe não sabia. Ela só descobriu quando ele morreu. Ela teve um aborto e nem sabia que estava grávida.

Ela não fala muito, nem meu pai. Mas eu sei que eles ainda sofrem com isso.

- nem me imagino perdendo as meninas, não aguentaria - falo me sentando - a gente precisa estar com eles quando acontecer. Não podemos deixar eles sozinhos.

- eu vou vir pra cá, vou ficar o tempo que eles precisarem - minha mãe fala.

- eu vou vir também - meu pai fala - eles precisam de você por perto, do seu apoio, você vai precisar do apoio de alguém - ele fala e ela sorri.

Sorrio vendo os dois. Olho pra Melissa e ela também me encarava.

- Maya vai chamar o Lennon pra almoçar - meu avô fala entrando na cozinha.

- tá bom - falo me levantando - licença - saio da cozinha e subo pro quarto.

Abro a porta devagar e escusato o Lennon resmungar.

- fica quieta filha. Ajuda seu pai.

A Valentina sempre faz assim quando tá trocando a frauda, fica balançando as pernas no ar. Rio entrando no quarto.

- eu não admito que ela facilite pra você - falo me aproximando - Valentina me olha e ri - sapequinha.

- tem como você terminar aqui? - ele pergunta me mostrando o braço sujo e eu gargalho - Maya!

- ta bom - falo segurando o riso - vai logo lavar esse braço pra gente descer, eles estão esperando.

Ele vai pro banheiro e eu me viro pra Valentina.

- minha garota - faço um toque com a mão dela - agora ajuda a mamãe.

(...)

- até que enfim - Melissa fala quando eu e Lennon entramos na cozinha com as meninas no colo.

- tavam tentando me dar outra sobrinha? - Léo pergunta.

- nem se eu quisesse - resmungo me sentando.

- Maya, a Nádia tava falando que seria uma boa ideia você fazer uns exames exames, pra ver como tá a sua saúde. Pode ser genética a doença - minha mãe fala e eu logo olho pras meninas.

- se eu posso ter eu também posso passar pra elas né - pergunto preocupada.

- sim, mas se você não tiver nenhum sina tá tudo bem - Nádia fala.

- e se eu tiver?

- começamos o tratamento antes, fica tranquila, também há uma grande chance de não acontecer nada - me assegura.

- tudo bem, falamos disso depois, vamos comer - minha avó fala notando minha preocupação.

- ei, não se preocupa com isso agora - Lennon sussurra e eu assinto meio aérea.

- Léo! - minha avó grita - você pra.

- você não aprende né? É muito burro mano - Melissa fala rindo.

- que? Mas eu nem comi - fala indignado.

- eu sou velha mas não sou cega menino, agradece -fala fechando os olhos. Ele como sempre bufa antes de começar.

(...)

- eu to saindo, fica com elas e não deixa a Melissa e o Léo encostarem nas bochechas delas. Se eles tocarem eu bato neles e em você - falo olhando o Lennon seria.

- mó mãe coruja tiu - Léo aparece na sala.

- eu to protegendo minhas filhas do perigo que são os tios delas.  Tchau pra vocês - falo abrindo a porta pra sair.

- nem um beijinho - Lennon fala e eu nego - só um - fala fazendo bico.

- homem carente é assim - falo me aproximando e dando um selinho nele - posso ir agora?

- vai com Deus.

Saio e vejo um carro conhecido estacionado na frente de casa. Me aproximo e o vidro abaixa me fazendo ver o Enrico.

- cancela o uber - fala.

- eu te amo, na moral - falo entrando no carro. Cancelo o uber e nós partimos pra agência.

- voce já vou seus vestidos? - ele pergunta e eu nego - são um arraso.

- sério? Tem foto?

- não, tão no álbum. Chegando lá eu te mostro - fala e eu assinto - e como vai a vida? Você sumiu.

- pois é, a Nádia piorou uns dias atrás, tivemos que levar ela pro hospital. Até onde o médico disse ela só tinha mais uma semana, então eu liguei pra minha mãe e disse pra vir pra ca, pois ela tinha pouco tempo. Veio a família inteira, até o Lennon. Até que do nada ela melhorou. Agora tá aí em casa.

- e você e o Lennon? Se resolveram?

- sim... - falo fazendo uma careta.

- e essa cara aí?

- sei lá, é estranho - falo.

- que nada, daqui a pouco você acostuma - fala.

- é disso que eu tenho medo - falo olhando pra janela.

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Oiieee
Cap meio bosta né?
Vocês acham que a Maya pode ter câncer hereditário? Eu espero que não né.
Gente eu tô pensando em terminar essa é fazer uma segunda temporada.
Espero que estejam gostando.
CURTEM E COMENTEM.
Bjs

Abre a porta - L7nnonOnde histórias criam vida. Descubra agora