Cap 43

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•Lennon•

To no quarto do hospital junto com a Maya. Ela tá dormindo há uns 40 minutos. O médico disse que daqui a pouco ela acorda.

No momento eu to sentado na poltrona encarando a barriga ainda sem volume dela. Nada tira da minha cabeça de que esse filho é meu.

Isso se ainda tiver um bebê, o médico examinou ela  e disse que não conseguiu ouvir os batimentos. Isso tá me deixando preocupação pra caralho.

Na hora do acidente eu tava conversando com o Lucas. Estava esperando ela chegar. Queria falar uma coisa a ela mas não acho que seja uma boa hora pra dizer.

Vejo ela se mexer e abrir os olhos. Levanto depressa e me aproximo dela.

- Maya - falo baixo

- Lennon - sussurra e eu pego na mão dela.

- Sou eu May, eu to aqui - falo.

Vejo seus olhos se encherem  de lágrimas e ela se desespera tentando levantar. Acaba deitando de volta aparentemente por  sentir dor na barriga.

- Lennon... Lennon nosso filho - fala tocando a barriga e eu a olho confuso.

- no-nosso? - pergunto gaguejando.

- é nosso, Lennon - fala chorando - é nosso filho.

Na hora eu travei. Eu suspeitava mas ouvir ela falando é diferente. É bem melhor. Porém me lembro do que k médico disse.

- eu vou chamar o médico - falo soltando sua mão mas ela segura.

- Lennon não sai daqui, por favor - implora e eu assinto.

- eu só vou chamar o médico tá, eu to aqui - ela assente e eu beijo sua testa saindo do quarto.

Vejo o doutor de antes e o chamo.

- ela acordou - falo e ele se apressa a chegar no quarto. Eu vou logo atrás.

Entro no quarto e vou pro lado da Maya pegando sua mão. Ela me olha e eu sorrio pra ela.

- Maya, eu sou o Dr. Luiz, eu te atendi quando chegou - fala e ela assente - pode me dizer se está sentindo alguma dor? No pé da barriga talvez.

- senti quando tentei levantar, meu filho tá bem? Diz pra mim que ele tá - pede chorosa.

- sobre isso eu tenho duas notícias - pausa - uma boa e uma ruim - avisa.

- pode falar - falo.

- a boa é que os bebês estão bem, e a ruim é que infelizmente, pelo impacto da queda de vocês, a gravidez é de risco agora - fala.

- o-os bebês? No plural? - pergunto chocado.

- sim Sr.Lennon são dois bebês - fala sorrindo.

- eu tenho que tomar cuidado em dobro então? - Maya pergunta.

- sim, são as mesmas regras, não pegar peso, não fazer esforço. Evite se estressar e fortes emoções. - fala e ela assente - ah e... evite andar sozinha. Por causa da barriga seria difícil você fugir de situações como a de hoje sozinha.

- tudo bem, eu posso pedir pra Melissa ficar comigo. Ou posso voltar a ficar com a minha mãe por um tempo - fala e eu a olho.

- pode ficar lá em casa - sugiro e ela me olha espantada.

- bom, Maya você precisa ficar aqui por mais uma hora pelo menos. Se não sentir nada até lá,  terá alta. - fala e assentimos.

Ele sai do quarto e eu olho pra Maya que me olhava indignada.

- na sua casa? - pergunta e eu a encaro óbvio

- qual o problema? Não quer? - pergunto.

- não é isso, eu agradeço muito mas é que...sem fortes emoções lembra? - pergunta.

- porque você teri... ah - me lembro.

- pois é, eu não quero trombar com a Gabriela. Então pode deixar que eu fico na minha mãe. - fala e começa a se levantar.

- tá fazendo oque? Pode deitar - falo a colocando deitada de volta.

- eu não to sentindo nada - fala bufando.

- mas ele disse pra ver isso daqui uma hora, agora fica quietinha aí - falo - até porque são meus filhos que você tá carregando. Muito cuidado - falo e ela gela. Vejo ela fuçando pálida - Maya cê ta bem?

- co-co- como você sabe? - me olha em choque.

- você soltou quando acordou  - falo e ela se repreende - Não ia me contar? - a encaro decepcionado.

- sim, n-não, quer dizer, sim, mas não agora - fala - não queria dar problema pra você e pra Gabriela.

- entendi - falo - então eu... vou ser pai? - pergunto animado

- vai kkk - responde rindo da minha empolgação.

Paro pra analisar seu sorriso. Com certeza é o mais lindo que eu já vi na minha vida.

Em comparação, a risada dela é horrível mas eu gosto. É daquele que t fez rir. Ela vê que to encarando ela e fecha o rosto disfarçando.

- não! - falo alto e ela me olha sem entender - não para de sorrir, seu sorriso é lindo. - falo e ela cora - meu Deus você corou. Quanto tempo que eu não faço você corar.

- idiota - faz bico.

- fofa demais - aperto sua bochecha e ela se afasta batendo na minha mão - aiii agressiva.

- bem feito - fala dando de ombros.

- então... já sabe o sexo? - pergunto.

- eu fiz o exame hoje mais cedo, tenho que passar mais tarde pra pegar. Só que nem eu nem a ginecologista vimos dois bebês. Devia está bem escondido.

- provavelmente - concordo - então vamos  saber hoje? - pergunto animado.

- sim, eu acho que são duas menininhas - fala - e você?

- eu não sei, mas eu queria pelo menos uma menina.

- tenho quase certeza de que tem uma menininha aqui dentro - fala acariciando a barriga.

- eu posso? - pergunto apontando pra sua barriga. 

Ela assente e estende a mão. Coloco a minha encima da sua e ela leva até sua barriga. Ela levanta a blusa e meu corpo treme quando minha mão a rica.

- meu Deus... - sinto meus olhos  marejarem.

- é bom né? - pergunta e eu assinto na hora.

- muito - falo rindo - Maya obrigado, obrigado por isso. Você não sabe o quanto me deixou feliz com a notícia - falo a olhando.

- na verdade, eu que tenho que agradecer. Eu nunca pensei en ter filho. Agora eu vou ter dois e já sinto um amor tão forte por eles. Eu te agradeço por me dar isso - fala - até porque a semente quem plantou foi você né.

- eu? Foi culpa da sua sentada - falo e ela me encara indignada.

- você que gozou idiota - me bate.

- você que pediu - a olho malicioso mas logo desfaço a cara - desculpa, não foi decente isso.

- tudo bem - fala sorrindo fraco.

Ficamos ali conversando até a hora dela ir embora. Falamos de tudo, roupa, papinha. Ela brigou comigo só por eu falar que eles já vão nascer  trajado  de Nike.

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Oiii
Esse é o último de hoje.
Bjs 😘

Abre a porta - L7nnonOnde histórias criam vida. Descubra agora