Cap 79

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•Maya•

Entro no quarto e vejo ela deitada olhando pra janela. Me aproximo e ela se vira pra mim quando nota minha presença.

- oi - falo e ela sorri de leve.

- oi, tá fazendo oque aqui?

- te fazendo companhia. Como tá se sentindo?

- sinceramente? Destruída, como se eu fosse parar de funcionar a qualquer momento - fala e eu engulo em seco.

- o médico te disse alguma coisa?

- sobre eu ter só mais uma semana? Disse - responde calma - mas tá tudo bem - suspira.

- você tá bem com isso?

- to - fala e eu franzo a testa - tudo que eu queria eu consegui.Eu tive tempo de conhecer você, conseguir o seu perdão. Conheci as meninas. Eu tô bem e pronta pra ir agora - sorri fraco fechando os olhos.

- desculpa não conseguir te dar mais do que isso - digo - mas eu não posso, não consigo.

- tá tudo bem, você tem seus motivos. E também - pauso pra tossir - to satisfeita com o pouco que consegui. - sorri ainda de olhos fechados - Maya eu perdi tudo sobre você, seus primeiros passos, primeiras palavras, os primeiros dias de escola, suas quedas de bicicleta. Os detalhes sobre sua primeira vez, os caras que você gostou. Tudo, por culpa minha. Só de saber que você me perdoa por ter estado longe todo esse tempo, pra mim é mais que suficiente.

Fico a encarando por um tempo e pensando como teria sido se eu tivesse sido criada por ela. Se tivesse sido ela em todos aqueles momentos, e não a Amélia.

Será que teria sido muito diferente? E se ela é meu pai biológico tivessem me aceitado? Como será que a gente estaria agora? Eu teria crescido com o Lorenzo, não com o Léo e a Melissa.

Talvez nunca tivesse ido pro Brasil, conhecido a Fernanda, a Mari, os meninos. Nunca teria conhecido o Lennon e nem tudo suas filhas que hoje são tudo pra mim.

Talvez era pra ser assim mesmo. Tudo na vida tem um propósito né? De certa forma, foi por causa da escolha da Nádia que eu tive tudo isso.

Uma lágrimas acaba caindo e eu me levanto enxugando a mesma.

- vou deixar você descansar - falo e saio do quarto.

(...)

Algumas horas depois....

Eu fiquei com a Nádia praticamente a manhã toda, tentando distraí-la. Fizemos chamada com o povo lá de casa. Ela ficou melhor quando falou com as meninas.

Meu avós também ficaram mais tranquilos em saber que ela tava bem, por enquanto, mas estava.

Já eram nove horas da manhã quando a Melissa veio pra cá com as meninas.

Eu vou passar a maior parte do tempo no hospital, então a Melissa vai trazer elas aqui de vez em quando.

Durante o almoço meus avós vem, depois de comer lógico, e eu vou pra casa tomar banho e cuidar das meninas direito.

Depois volto e passo a noite com ela. Estamos todos a tentando ficar o máximo com ela pra ela se sentir bem, e também pra aproveitar o tempo que temos.

(...)

Um dia depois... 18:00 da tarde.

Estava sentada no canto da sala de espera amamentando a Valentina. A Malu estava sentada do meu lado.

Meus avós estavam com a Nádia no quarto, e Melissa foi na cafeteria buscar uma água pra mim.

A porta do hospital se abre e vejo meu pai, minha mãe e Léo.

Eles vem até mim e eu abraço minha mãe de lado. Léo pega a Valentina e eu cubro o peito indo abraçar minha mãe direito.

- eu sinto muito - falo contra seu pescoço.

- eu também - fala se afastando devagar - sei que no fundo você tem um carinho por ela. Só esconde isso.

- é, eu tenho mesmo - sorrio fraco - quarto 243, vai lá.

Ela sai e eu abraço meu pai.

- como você tá? - pergunta.

- eu tô bem...

- entendo se não estiver - fala se afastando.

- vai lá - incentivo tocando seu braço e ele vai atrás da minha mãe.

Me viro pro Léo e ele me encara sorrindo.

- elas estão grandes né - fala olhando pras meninas.

- estão, tão quase andando, e falaram mamãe primeiro - jogos os cabelos me gabando.

- também né, você tirou a oportunidade dela conviver com o tio.

- cada um usa as armas que tem - dou de ombros - mas mesmo assim elas podiam ter dito titia, já que a Melissa ficava com elas quase o dia todo - me defendo.

- falando nisso cadê ela? - pergunta olha só em volta.

- ela veio e voltou pra casa, ela quase não fica aqui. E também ela achou  que você iriam pra lá primeiro.

- entendi - fala - como a vó e o vô estão?

- tão arrasados, mas parece que estavam se preparando pra isso.

- e como você tá com isso? - aponta com a cabeça pro quarto.

- tô levando - sorrio de lado - me aproximar dela me fez ver que...

- as vezes é dura demais com as pessoas?

- é...

- mas e agora? Vocês estão bem?

- sim, nós aproximamos bastante.

- aguenta mais alguma emoção? - pergunta e eu franzo a testa.

- porque? Oque foi?

- o Lennon tá aí fora - fala me fazendo arregalar os olhos.

- QUE?

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Eitaaaa
Vocês acham que rola reconciliação? Ou que ainda vai dar muita treta?

Eu to longe de acabar o livro. Só tá fluindo, pode acontecer de tudo ainda.

Espero que tenham paciência pra livro grande.

Aliás, gostam de histórias longas ou curtas?

Espero que estejam gostando.
CURTEM E COMENTEM.
Bjs 😘

Abre a porta - L7nnonOnde histórias criam vida. Descubra agora