Cap 37

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•Lennon•

Acordo com alguém cutucando meu ombro. Me assusto e olho em volta vendo que ainda to no hospital.

Olho pra minha frente vendo o Dr.Ramos. Ele sorri sem graça e eu me ajeito na cadeira o encarando direito.

- bom dia Sr. Frassetti, eu vim lhe avisar que os exames do seu avô já foram feitos e que está tudo certo. Ele já está liberado - o médico diz sorrindo gentil.

Suspiro aliviado assim que escuto aquelas palavras. Só Deus sabe como eu fico quando o coroa passa mal.

- obrigado - digo e aperto sua mão. - você viu a garota que estava aqui ontem?

- ela saiu há algumas horas. - diz - com licença.

- ah claro - dou espaço e o médico sai andando pelo corredor do hospital.

Mando uma mensagem pra minha mãe contando a notícia pra ela e dizendo pra ela contra pra minha avó que estava desesperada ontem.

Entro no quarto do meu avô e o vejo sentado olhando pra janela. Ele nota minha presença e se vira pra mim sorrindo. Sorrio aliviado. Ele parecia estar ótimo.

- que susto em coroa - me aproximo.

- ainda não foi dessa vez, meu filho - diz dando dois tapinhas nas minhas costas - quando vou poder sair daqui? Odeio hospital.

- ninguém gosta - rio fraco - já podemos ir coroa.

- desculpa ter feito você perder o aniversário daquela moça, sei que gosta dela - fala.

- não tem problema, ela veio aqui ontem também. Veio ver como o senhor estava e se eu precisava de companhia - falo e ele sorri.

A verdade é que meu avô se apaixonou na Maya. Diz que aquela era "A mulher" assim que a viu. E ele acertou. O problema é que não era A mulher feita pra mim.

Eu amo devia tá me mordendo por isso agora. Eu to com a Gabi que também muito bacana.

"Mas não é a Maya"

- aquela moça é um anjo - comenta.

" na cama é o diabo"

Rio do meu pensamento e balanço a cabeça negando.

- ela é vô, agora vamo né - falo o ajudando a descer da maca.

- graças a Deus, eu to com fome - fala me fazendo rir. - daria tudo por um prato de camarão frito da sua vó.

- agora eu fiquei com fome também - digo e saímos do hospital.

(...)

- chegamos família - falo chamando a atenção de todo mundo.

Logo a sala encheu de gente. Minha avó foi a primeira a abraçar o careca.

- nunca mais me assusta desse jeito - diz o abraçando.

- não queria te assustar, minha preta - diz retribuindo o abraço.

Minha mãe se aproxima e olha pra traz de mim como se procurasse alguma coisa.

- cadê a menina? - pergunta com indiferença.

- foi embora - dou de ombros - vou tomar um banho - falo e vou em direção ao corredor.

- Lennon! - me chama e eu me viro - vou na igreja com a Amélia hoje, quer ir? - pergunta.

- tá bom - falo e entro no banheiro.

(...)

- família eu to saindo - falo pegando a chave do carro.

- vai a onde? - minha mãe pergunta.

Abre a porta - L7nnonOnde histórias criam vida. Descubra agora