Eda Yildiz é uma mulher totalmente empoderada e dona de si.
Tem a personalidade forte e não abaixa a cabeça para ninguém, principalmente nos tribunais onde atua com sucesso como advogada criminalista e ganha todas as causas.
É apelidada por Diabla...
Estou cansado da minha dor E eu gostaria que você Me amasse, me amasse, me amasse
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... Luxemburgo ...
Estamos em Luxemburgo, enfrentamos um voo muito longo até chegar aqui, um voo repleto de tensão e tristeza. Eu me fechei dentro de mim, sem saber o que pensar.
Eu estou me culpando muito por tudo o que aconteceu.
O pior é saber que todos me avisaram que tinha algo maior por trás do sofrimento dela e eu não ouvi, agi como um idiota irracional. Eu achei que só eu tinha sofrido, mas o que eu passei pode ser resumido a "nada" perto do inferno que a Eda passou.
Eu não consigo entender como eu não percebi o que o Cemil estava fazendo. Como eu não notei os sinais? Como fiquei cego ao ponto de não ver que ela precisava de mim? Fiquei tão obcecado em prender aquele homem que esqueci de cuidar dela, esqueci de me atentar a todos ao meu redor. Achei que o Cemil não ousaria se aproximar da minha família, dos meus amigos, mas ele fez pior e essa é a parte mais dolorosa. Ele pegou o meu amor e destruiu.
Eu pude sentir a dor da Eda, pude perceber o medo dela e a cada vez que o seu corpo tremia de medo eu queria ir até lá e abraçá-la. Era como se ela ainda estivesse presa lá, vivendo aquela dor novamente. Cada palavra que saia da boca dela era uma facada no meu peito, eu sentia meu coração apertar de uma forma surreal, me sufocava, me deixava sem forças.
Aquela mulher é a mais forte que eu já conheci, eu não consigo acreditar em tudo o que ela passou e muito menos em como ela conseguiu se reerguer e agir como se nunca tivesse passado por nada daquilo. Ela foi torturada, espancada, abusada e eu quero aquele homem morto.
- Eu vou ligar para o Kemal, pedir para ele liberar outro quarto. Não acho bom a gente ficar junto agora, temos muito o que pensar, principalmente você! - Ela fala enquanto anda ao meu lado, mas eu me limito a acenar com a cabeça.
Não consigo responder a Eda, não consigo olhar para ela e não sentir dor.
- Pode subir Serkan, eu vou estar com ela. - Também não consigo responder o Pietro e vou para o quarto o mais rápido possível.
Tudo está doendo.
Quando fecho a porta do quarto, eu caio no chão. Sinto como se todas as minhas forças tivessem ido embora, como se o meu chão tivesse sumido e o meu mundo destruído.
Meu mundo...
Ele foi literalmente destruído, mas ainda se mantém em pé e eu estou espantado com a força dela.
