|Capítulo 30|

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Lute contra o medo

Lute contra o medo

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...

Eu ainda não acredito que você se tornou advogada criminalista. — Serkan diz avaliando um dos meus casos.

Estamos juntos na sala, cada um trabalhando no seu canto. Ele nos casos da delegacia e eu nos meus.

Depois de um dia em que ficamos na cama, vendo filme e aproveitando a presença um do outro em completa paz, quando chegou o final da tarde, precisamos começar a organizar algumas coisas para voltar para a rotina, ou melhor, para a realidade.

— Poderia ter sido ambientalista! — Reclama.

— Odeia tanto assim os advogados criminalistas? — Murmúrio sem perder o foco, mas sinto seu olhar em mim.

— Você defende criminosos!

— Eu defendo pessoas. — Rebato.

— Criminosas. — Eu sorrio, ele tem um ponto.

— Nem todas são criminosas Serkan.

— Odeio da mesma forma, vocês atrapalham as investigações, se acham no direito de poder fazer tudo e...

— Nós podemos tudo.

— Está vendo? — Acusa. — Você tira da cadeia, as pessoas que eu prendo Eda.

Agora eu gargalho com vontade, ele tem outro ponto.

— A senhora Jones é um dos casos que temos em comum. — Murmúrio vendo ele com o caso já concluído nas mãos.

— Ela matou um homem e você livrou ela da cadeia!

— Vamos recapitular? A senhora Jones sempre foi uma mulher de bem com a vida. Além de solteira ela sempre foi muito rica, não teve marido ou filhos e quando chegou em certo ponto da idade, achou precisar de um homem para surprir as suas necessidades e foi encorajada pela melhor amiga a ir atrás de alguém. Magicamente, surgiu um homem chamado Cris, lindo, educado, gentil, um completo cavalheiro que a conquistou e fez com que ela se casasse com ele. Nos primeiros meses tudo era maravilhoso, mas depois ele começou a bater nela, roubá-la, a fez perder o emprego, a casa e ainda levava outras mulheres para onde eles moravam e a fazia assistir cada uma das traições. No lugar dela eu também teria matado! Um homem que brinca com as pessoas, que usa, machuca, manipula e engana, não faz muita falta no mundo. — Explico calmamente enquanto ele me olha embasbacado. — Depois ela ainda descobriu que a melhor amiga também tinha um caso com ele e queria aplicar um golpe nela. Na minha opinião, a senhora Jones sempre foi inocente. Ela só chegou no limite e se deixou levar pela fúria, o que é errado, mas as pessoas erram, certo?!

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