Eda Yildiz é uma mulher totalmente empoderada e dona de si.
Tem a personalidade forte e não abaixa a cabeça para ninguém, principalmente nos tribunais onde atua com sucesso como advogada criminalista e ganha todas as causas.
É apelidada por Diabla...
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Três dias. Três malditos dias e uma expectativa nas alturas sobre o Serkan recuperar a memória ou não. Os médicos me aliviaram muito ao dizer que o Serkan ia se recuperar 100%, sem sequelas graves.
Ainda me lembro do dia em que ele acordou e eu fiquei muito insegura sobre ver ele ou não, mas quando entrei no quarto, vi em seu olhos que o meu Serkan ainda estava ali. De relance existia paixão e quando ele afirmou aquilo para mim, em palavras, mesmo não se lembrando, meu coração deu um salto no peito. Ele não tinha se esquecido completamente e isso me deixou estranhamente tranquila nos primeiros dias. Então ele se lembrou da Elisa, da Jade, do Bruce, Kemal, Fuat, todo os outros e obviamente, para testar a minha paciência, ele não se lembrou de mim.
O limite de três dias dele já acabou, estamos em casa tempo suficiente para ele ter se lembrado de mim e confesso que as vezes tenho vontade de bater no Serkan, outras eu penso que ele já se lembrou e está se aproveitando da situação, mas depois me rendo quando ele me pede algo no seu melhor estilo dramático.
Por enquanto estou tranquila, estou sendo paciente e evitando ao máximo ficar em cima dele, mesmo o Serkan dizendo o quanto é apaixonado por mim e flertando descaradamente comigo.
O que está sendo uma verdadeira provação!
— Eda, você pode me auxiliar no banho? — Pede entrando no escritório, ao seu melhor jeito fofo e por mais que eu queira negar, não faço.
Mas eu deveria! Até porque, além de descobrir que virei uma torneira sem fecho nos últimos dias, eu também me tornei uma tarada sem limites. E ajudar o Serkan no banho, não me ajuda a tentar amenizar isso, muito pelo contrário.
— No que exatamente..., implica te auxiliar? — Questiono procurando uma saída, mas não acho que ele queira isso.
— Me ensaboar, meus braços doem muito, não sei se consigo.
— Ensaboar? — Ele confirma. — Todo o seu corpo?
— Sim. — Suspiro pesadamente.
— Eu... — Deus, por que tanta provação? Eu sou uma menina tão boazinha. — Ajudo sim.
Ele sorri e eu quero chorar. Só não estou especificando por onde.
Me aproximo do Serkan pronta para ajudar ele a caminhar até o quarto e por fim banheiro. Nos últimos dias, um casal de enfermeiros ainda estavam fazendo acompanhamento com ele. Ajudando ele a se exercitar, caminhar aos poucos e também no banho. Mas agora que eles foram embora, eu sou a enfermeira 100% integral, mas nem tinha me lembrado do detalhe do banho, considerando que quando o casal estava aqui, eu dava a comida, trocava os curativos e dava os remédios.
— Você já está muito mais firme. — Digo me referindo ao caminhar dele, mas o Serkan gosta de me ver no fogo cruzado.
— Você não faz ideia do quanto eu estou firme. — Eu não sei se ele quis dizer no duplo sentido, mas a Edassanhada leva para esse lado.
