Eda Yildiz é uma mulher totalmente empoderada e dona de si.
Tem a personalidade forte e não abaixa a cabeça para ninguém, principalmente nos tribunais onde atua com sucesso como advogada criminalista e ganha todas as causas.
É apelidada por Diabla...
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...
- EFE!!! - Chamo meu amigo batendo na porta dele repetidas vezes.
Qualquer dia ele muda o endereço sem me avisar. Eu, no lugar dele, não aguentaria essa perturbação.
- Quem morreu? - indaga abrindo a porta alarmado, mas o susto passa assim que vê a mala ao meu lado.
- Fui expulso da minha própria casa. - Informo contrariado, sem acreditar ou entender a lógica da Eda.
Ela está errada e ainda acha que eu devo pagar por algo que estou me negando a fazer.
- A Eda te expulsou? O que você fez? - reviro os olhos, pego a mala e passo por ele invadindo ao que parece ser a minha segunda casa.
- Eu não fiz nada! Ela não entende que errou naquela maldita aventura no meio do nada, nos fez prometer algo impossível de fazer e só porquê eu puni ela, a Eda me colocou para fora de casa.
- Serkan...
- Cadê a Balca e a Lis?
- Foram passear no parque.
- Sozinhas? Você enlouqueceu? Não pode deixar a Balca sozinha por nada, tem que estar de olho no que ela come, o que bebe e...
- Agora eu entendi porque a Eda te expulsou. - Murmura me olhando estranho, mas acho que ele não entende que a esposa dele está grávida.
- A Balca está grávida Efe.
- Sim, não está inválida ou incapaz de tomar decisões por si mesma. Ela sabe se cuidar e eu não sou louco de ficar em cima dela o tempo todo, querendo controlar o que não tem controle. - Responde calmamente, avaliando a minha mala. - Quanto tempo você pretende ficar aqui?
- Não sei, ela me expulsou e eu vou esperar ela se arrepender disso. - Meu amigo me olha por alguns segundos e sem que eu espere se joga no sofá e começa a rir.
Mas é gargalhar de ficar vermelho, com os olhos lacrimejando, com direito a palmas e aquela risada sem som, quando a pessoa não aguenta mais rir, está quase passando mal.
- Efe! - Chamo preocupado, ele nem parece ter fôlego, as mãos estão na barriga e eu quero entender a piada. - Efe!
Meu amigo pede calma com as mãos enquanto tenta se controlar. Ele demora alguns minutos para se recuperar e quando o faz, passa por mim indo direto para a cozinha. Provavelmente para buscar água.
- Pode me explicar qual a graça?
- Antes, só deixa eu ver se entendi. - Espero ele concluir o raciocínio. - A Eda te expulsou de casa.
