Eda Yildiz é uma mulher totalmente empoderada e dona de si.
Tem a personalidade forte e não abaixa a cabeça para ninguém, principalmente nos tribunais onde atua com sucesso como advogada criminalista e ganha todas as causas.
É apelidada por Diabla...
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Descobertas são umas das coisas mais estranhas da vida!
A gente está em constante descoberta sobre tudo, e pode ser relacionado à família, amigos, amores, arte, música... Mas o mais estranho é você descobrir que vai ter um bebê. Ou melhor, que nós mulheres podemos gerar uma vida e ganhar a percepção disso quando descobrimos uma gestação. Acho que a gravidez é uma das coisas que não fazem sentido nenhum no mundo. Tipo, um ser humano é formado em 9 meses... Um ser humano!!!
Isso é completamente assustador.
E no meu caso, além de assustador, a descoberta foi um pouco desesperadora. Por conta de alguns medos que eu carrego, tentei negar para mim mesma que isso seria impossível, tentei ignorar mesmo não querendo.
Resultados? Falhei miseravelmente nessas tentativas, e que bom que isso aconteceu.
Além de eu ter tido uma conversa esclarecedora com o meu psicólogo, eu pude ver um brilho de amor incomparável nos olhos do Serkan. Apesar de toda a preocupação, sua felicidade ficou muito evidente e não existe nada melhor do que saber que ele está feliz, animado com a ideia de ter um bebê. Eu ainda estou processando a informação, mas estou tão feliz quanto ele. Aliás, todos ao nosso redor estão.
A descoberta de que podemos amar alguém que nem existe ainda, também é estranha, aliás, tudo ainda é muito estranho para mim. Como eu disse, ainda estou processando a informação e o susto que tive.
Susto esse que está começando a me tirar do sério. As pessoas ao meu redor estão insuportáveis. Desde que eu voltei do hospital, eu não pude colocar o pé no chão e isso está me irritando muito. Até a minha água eles estão regulando. Tem cabimento???
- Eda, talvez você devesse comer a segunda porção do dia de granola e iogurte.
- Oh, não Fuat. Fazem apenas duas horas, quarenta minutos e exatos... - Bruce olha no relógio. - quinze segundos que ela comeu a última porção. É de três em três horas, lembra?
Respiro fundo para conter a vontade de surtar e também para acalmar o estresse que estou sentindo nos últimos dias. Entendo que eles ficaram tão assustados quanto eu, mas essa situação está além de absurda. E o maldito do Serkan só está trabalhando tranquilamente, porque sabe que eu tenho cães de guarda em casa, do contrário ele estaria ainda pior que todos eles juntos. E não que ele não esteja, afinal quando volta da delegacia, ele me carrega para cima e para baixo, me alimenta como se eu fosse uma inválida e ainda me dá banho. Mas do banho eu não vou reclamar não, eu amo as mãos dele em mim.
- Então talvez você devesse tirar um cochilo? Dormir também é bom. - Kemal oferece.
- Claro, eu vou... - Começo me levantando e tenho três pares de mãos em mim.
Meu coração acelera no peito e eu me afasto como se o toque de todos me queimassem. Um pequeno pavor me alcança, mínimo, mas existente.
- Eda? - Levanto uma das mãos pedindo um tempo e volto a respirar fundo enquanto luto contra a minha mente, meus medos.
