Letícia 🎭
Hoje era meu dia, dia da minha festa, meu dia de princesa. Eu estava fazendo dezessete anos e comemorando isso, tava rolando maior festão na minha casa, eu já tinha curtido de toda maneira possível do meu corpo até ver meu pai com uma mulher, o que me tirou a felicidade.
Eu era cria da vila união, perdi minha mãe bem novinha, com cincos anos. Ela faleceu por conta de uma invasão no morro, na verdade entraram aqui na intenção de matar ela só pra desestabilizar o meu pai, e conseguiram.
Depois desse dia, perdemos o morro por anos, quando meu pai criou coragem pra voltar, eu já tinha 15 anos, porém ao mudar novamente minha vida eu perdi meu rumo, eu não estudava mais desde que sair da minha antiga escola, perdi meus amigos e a vontade de fazer isso. Meu pai surta demais com tudo isso, me pede pra que eu volte mas eu não gosto dessa vida, eu prefiro apenas trampar e o resto eu vejo depois.
Inclusive quando o Bruno viu que eu não parava de encarar ele, ele falou alguma coisa pra mulher saindo de perto dela, eu me sentei na cadeira e desviei o olhar, olhando pro nada e pensando um pouco na minha vida.
Preto: Ou garota, teu pai tá te chamando.- Escutei a voz dele e só faltou eu abrir as pernas ali mesmo, olhei pra ele dos pés a cabeça e ele continuou na postura dele.
Vamos lá. O Andrey, vulgo Preto, era o braço direito, faz de tudo do meu pai, que por vulgo era conhecido como Patrão. O Andrey tinha 30 anos e meu pai conheceu ele quando voltou pra cá, e desde os meus quinze anos que eu sou apaixonada por ele, mas eu não conseguia nem mínima atenção dele.
Eu ficava com vários meninos, mas sempre era ele que me despertava mais curiosidade, uma vontade imensa, mas eu só ficava na vontade e curiosidade mesmo, não ganhava nada com ele.
Leticia: Obrigada.- Sorri fraco em agradecimento e me levantei, fui até o meu pai que estava de cara fechada e parei na frente dele.
Patrão: Tá na hora de acabar a festa já.- Falou todo ignorante.
Letícia: Manda algum moleque fazer isso, eu vou subir.- Falei no mesmo tom e sai de perto dele.
Fui até a entrada da minha casa e achei o Ryan, chamei ele e ele entrou em casa comigo indo pro meu quarto e se trancando lá comigo. O Ryan é meu único amigo, por incrível que pareça, é o único que realmente não liga pra nada.
Todas as meninas que eu já tentei amizade na vida, tenta ficar com meu pai, se aproveita dos luxos e privilégios que eu recebia, ou seja, ninguém estava ao meu lado por amor a mim, e sim pela vontade de ter e consumir as minhas coisa.
Ryan: Qual foi dessa vez? Patrão disse que eu só ia sair do turno de cinco da manhã.- Falou se olhando no espelho.
Letícia: Vou dá uma volta agora de noite, com o Paulinho.- Falei me sentando na cama.- Bruno tava na maior intimidade com uma mulher ainda agora.
Ryan: E daí? - Olhei pra ele pegando uma roupa e colocando na cama.- Vai ter que aceitar, fica com uma drama do caralho aí.
Eu ia responder ele mas alguém bateu na porta do quarto e eu fui abrir, era o Preto e ele olhou pro Ryan que pegou o fuzil do chão na hora.
Preto: Patrão mandou tu descer, tu tá no horário de turno.- Apontou pra ele que beijou meu rosto saindo.
Ryan: Coloca pra carregar aí, quando tu descer tu leva.- Falou me entregando o celular e saindo.
Letícia: Bruno vai sair? - Encarei ele.
Preto: Pergunta pra ele.- Respondeu me olhando feio.- Se eu fosse tu nem colocava os pés pra fora de casa hoje.
Letícia: Ainda bem que não é, pois eu vou sim.- Dei os ombros.
Ele continuou me olhando feio e fechou a porta, coloquei o celular do Ryan pra carregar e fiquei olhando as coisas pela minha janela.
⭐️⭐️⭐️
Letícia Soares, 17 anos.
@// vimpos_ofcAndrey campos, preto. 29 anos.
@// pablogmss
✨✨✨Os outros personagens vocês imaginem aí na casinha de vocês. 🥰
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Todo amor do mundo
Teen FictionPerdas são sempre dolorosas, ainda mais quando perdemos alguém só pela ausência, pela falta de amor. Uma história complicada entre um pai perdido é uma filha que não sabe qual caminho deve seguir, entre duas pessoas complicadas, se envolve mais um...