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Letícia 🎭

Dois meses tinham se passado e nada havia mudado, apenas a correria que tava pro Patrão recuperar o morro, que aliás, hoje era o dia.

Eu tava sentada no sofá da nova casa do Preto, que era tudo de bom e gostoso, principalmente a área de lazer que ele havia feito, mas eu observava ele mexer no celular, enquanto na televisão passava alguma coisa totalmente aleatória.

Preto: Eu vou meter o pé pra esse maluco parar de me avisar.- Falou resmungando e me olhou, soltando o celular.- Que cara feia é essa?

Letícia: Tava só pensando, finalmente vou poder realmente dar início a minha loja, se os cara não destruíram isso também.- Falei olhando pra ele.

Preto: Se destruiu a gente constrói de novo.- Deu os ombros se levantando.- Eu tô indo, gatinha.

Letícia: Vê se não vacila.- Falei sentindo ele beijar meu rosto.- Volta pra mim se nenhum arranhão.

Preto: Vou avisar a eles que não pode encostar pra minha namorada não ficar brava.- Falou brincando e eu ri.

Segurei seu rosto dando um beijo calmo e ele quase deitou em cima de mim, ele me soltou me dando vários selinhos e beijou todo meu rosto. Observei ele pegar o fuzil e colocar nas costas, pegar o resto das coisas e sai cantarolando.

Passei a mão na testa e me estiquei pra pegar meu celular, vi que no grupo onde tinha eu, cabeça, Preto, F6, balão e a Laura, eles tavam animando pra descer pro bar. Eu fui debochar dizendo que ia chover e acabou que a Laura me animou pra ir.

Ela era mulher do Balão, super legal e simpática. Cabeça ficou me gastando dizendo que não ia mais e eu mandei áudio xingando ele como sempre.

Eu só costumava a ir com eles quando o Pretinho tava, mas sabia que com ou sem ele, o tratamento continuaria o mesmo, até porque hoje em dia eu sou amiga de todos eles.

Então só coloquei uma roupa mais bonitinha e sai amarrando o cabelo num bolo, fui descendo pro bar e quando tava quase na esquina, vi a famosa Brenda.

Nesses dois meses ela tava quietinha, não me olhava até, tava caladinha e sem piada. Mas agora, pude ver um grande olhar de deboche na cara dela e das suas amiguinhas.

Brenda: Uma hora eu ia pegar a princesa andando sozinha.- Falou amarrando o cabelo.

Letícia: As amigas aí é por quê? Não se garante? - Coloquei a mão na cintura.

Brenda: É só pra te dar uma lição mais rápido.- Falou vindo pra cima de mim.

Óbvio que não ia me render, meti logo soco na cara dela e ela deu passo pra trás. Mas a Brenda tava com cinco amigas, assim que ela caiu pra trás vinheram as seis juntas pra cima de mim, eu não tive nem como me defender!

Gritei de dor sentindo um chute na minha barriga e minha cabeça batendo no chão, eu não conseguia nem defender meu rosto, ou qualquer parte do meu corpo. Já tava ficando sem consciência quando escutei tiro, senti alguém caindo por cima de mim e elas parando de me bater.

Mal conseguia respirar porque tava sendo sufocada, aos poucos a mão saiu do meu pescoço e eu não consegui nem me mexer, de tanta que estava no meu corpo.

Cabeça: Covarde do caralho.- Gritou dando um chute certeiro na cara da Brenda, vi ela caindo de cabeça no chão e gritou.- Filha da puta, vagabunda.

Escutei mais moto chegando mas não conseguia enxergar direito, senti algo escorrendo da minha boca e me engasguei, mas pra tossir doía de forma inexplicável.

F6: Ela tá se engasgando com sangue.- Falou alto e eu senti a mão quente no meu pescoço.- Ela tá ficando sem batimento, Cabeça.

Cabeça: Pega ela com cuidado.- Eu revirei os olhos e o F6 colocou minha cabeça de lado, me fazendo parar de engasgar.

Escutei o cabeça gritando por um carro e eu revirava os olhos tentando não dormir, mal conseguia enxergar e só conseguia escutar zumbidos distante, como se tivesse muitas pessoas ali.

Depois que me colocaram dentro de um carro eu não consigo lembrar de mais nada, só de cansar de lutar contra dor e o sono e fechar os olhos, ficando entregue.

Todo amor do mundo Onde histórias criam vida. Descubra agora