Preto 🥋
Quando a gente chegou na casinha, a mãe da Brenda tava sentada no chão na frente da porta. Olhei pros moleques que me olharam negando e a mãe da Brenda levantou, se ajoelhando na minha frente.
Lucia: Não mata minha filha, ela é tudo que eu tenho.- Falou gritando e chorando.- Me leva no lugar dela, eu pago por tudo que ela fez.
Olhei pro Bruno como se esperasse algum comando ou reação dele, ele desviou o olhar da senhora, me encarando. Fiquei calado por uns segundos mas virei a cara olhando pra ela.
Preto: Tu tá ligada que não é assim que funciona.- Falei tentando levantar ela.- Já tinha te mandando o papo, mandei o mesmo papo pra ela. Mandei ela parar de encher a mente da Leticia porque uma hora ia dar errado.
Lucia: Perdoa ela, por favor.- Falou quase se matando de chorar.- Me leva no lugar dela, eu não quero enterrar minha filha.
Preto: Foi mal.- Falei baixo me soltando dela e dei as costas.
Entrei na casinha primeiro que geral e vi a Brenda no canto chorando, quando olhei pra ela fui em cima dela dando um chute nas suas pernas.
Preto: Agora tu chora né? Filha da puta.- Falei puxando ela pelo cabelo, vendo as outras meninas saindo de perto.- Tu é um desgosto pra tua mãe, otaria.
Brenda: Tira ela daqui, tira ela daqui...- Repetiu chorando.
Preto: Agora tá preocupada com ela, não tá? Porque quando eu fui te dar a ideia que se tu continuasse enchendo a mente da minha mulher, quem ia sofrer era tua mãe, tu me escutou? - Ela negou baixando a cabeça.
Brenda: Me desculpa.- Joguei ela no chão escutando ela gritar de dor e escutei os moleques entrando.
tinha quatro meninas além da Brenda, tudinho tava me olhando com medo e eu com ódio por saber que elas que tinha agido na covardia.
Eu tinha tinha minha cara fechada, nunca olhava com ódio pra ninguém atoa. Sempre comandei o morro numa boa, sempre falei com qualquer morador na maior paz, não via nem necessidade de tá olhando todo mundo feio.
Por isso qualquer neguinho se assustava fácil quando eu decidia botar banca no bagulho, do mesmo jeito que eu queria agradar os meus moradores, os que tavam errado era no ódio que eu tratava.
Ryan: A sorte de vocês é que eu não gosto de bater em mulher, papo reto.- Escutei ele resmungando.- Mas vocês vão sentir a mesma dor que fizeram a Letícia sentir.
Patrão: O Preto que decide o que vai fazer.- Escutei ele falando.
Preto: Bagulho é simples.- Falei olhando pra geral.- Não vou levantar a mão pra nenhuma de vocês, mas vocês vão sentir dor pior que isso.
Fui até o moleque e pedi os pneus, eles voltaram as meninas começaram a se desesperar e eu olhei pra Brenda, me agachando na frente dela.
Preto: Escolhe uma das tuas amigas.- Ela negou chorando de cabeça baixa e eu empurrei a cabeça dela, fazendo bater na parede e gritei.- Se tu não escolher, quem vai queimar agora é tu.
Brenda: A Laura.- Gritou nervosa na mesma hora.
Olhei pra Laura que me olhou assustada negando e se levantando correndo, Ryan bateu de frente com ela e segurou ela que começou a gritar.
Preto: Vocês vão morrer uma por uma aqui, uma na frente da outra.- Falei colocando ela presa nos pneus com a ajuda do Ryan.- Porque foram amigas pra caralho na hora da treta né? Vai ser também nas consequências.
Laura: Não faz isso.- Falou chorando.
Encarei ela colocando o último pneu e ela gritou, joguei álcool em cima dela e fui até a Brenda, puxei ela pelo cabelo e dei o isqueiro a ela.
Preto: Tu vai carregar toda culpa dessas mortes, tu vai levar na mente até tua hora chegar que todas elas morreram por tua causa.- Falei no ouvido dela, vendo ela se tremer.- E se tu se negar, eu mato a tua mãe lá fora.
Ela negou e eu coloquei a isqueiro na mão dela, só escutei gritos e mais quando a Brenda soltou o isqueiro nos pneus, as meninas choravam e eu dei as costas, caminhando pra fora dali.
Tranquei a porta e a Lúcia novamente veio implorar, mandei os menor levaram ela pra casa mesmo com o peito apertado, papo reto. Bagulho que eu não gostava de ver isso nem fudendo.
Quando cheguei em casa fui direto tomar banho e quando sai só tava o Patrão no sofá, rodei os olhos por ali e peguei um copo de água, me encostando na mesa.
Patrão: Qual teu bagulho ein? Maioria das vezes que eu tô aqui e tá acontecendo b.o tu fica me olhando, tá achando o que cara? - Eu sorri fraco.
Preto: Aprendi tudo contigo né irmão, sempre acho que tu vai ter a mente melhor que a minha pra decidir o que fazer. Tipo hoje, bagulho da Lúcia mexeu comigo cara, tu não teria essa fraqueza.
Patrão: A nossa única diferença é que eu sei marolar na frente dos outros, tu já deixa mais na cara. Qualquer um percebeu que tu queria fazer a vontade dela, mas um papo Preto. Se tu perdoa uma vez, galera se acostuma a errar. Essa porra aqui é tua, se tu quiser soltar ela pode ficar a vontade, só vai ter que lidar com as consequências!
Preto: Não vou pô, não é a primeira vez. Eu já fico com a mente martelando que foi culpa minha, se eu deixo ela livre aí que eu carrego a culpa toda mermo.- Patrão negou.
Ele ficou calado e desviou o olhar, eu terminei de tomar água e fui procurar algum bagulho pra fazer. Decidi bolar um enquanto trocava uma ideia sobre o Peixe com o Patrão, mas quando eu tava quase colocando minhas ideias pra jogo o F6 me ligou.
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Todo amor do mundo
Teen FictionPerdas são sempre dolorosas, ainda mais quando perdemos alguém só pela ausência, pela falta de amor. Uma história complicada entre um pai perdido é uma filha que não sabe qual caminho deve seguir, entre duas pessoas complicadas, se envolve mais um...