Todo amor do mundo

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Letícia 🎭

Falar que prefere morrer é ótimo na teoria, o foda é quando vem na prática e você sente o peso das suas palavras.

Eu estava na frente da loja esperando o Galego senti alguém me observando, mas não consegui encontrar ninguém naquele momento, mas eu tava paranoica, olhando pra todos os lados até que vi um homem parado me encarando do outro lado da rua.

Quando eu percebi, tentei recuar pra junto da multidão, mas vi ele dando passos rápidos em minha direção e minha única opção foi correr, a única coisa que veio na minha cabeça foi isso. Comecei a correr entrando nos becos que eu nem conhecia muito bem, mas parecia que quando mais eu corria, mais rápido o homem ficava.

Continuei correndo sem olhar pra trás e gritei de ódio quando me vi num beco sem saída, não tive sinais do homem e desbloqueie meu celular discando pro Preto, a primeira pessoa que me veio em mente.

Quando escutei os passos, o homem entrou no beco e eu encarei ele, achei que ele fazer algo comigo, ou me tocar, fiquei assustada com a possibilidade, minha respiração estava desregulada, meu coração só faltava sair pela boca e ele ficou me encarando por longos 3 minutos, depois disso soltou uma risada vitoriosa e me deu as costas, isso enquanto preto gritava no celular.

Preto: Caralho o que é, me liga pra ficar calada? - Tava reclamando e eu tentei respirar fundo.

Letícia: Um homem correu atrás de mim, eu achei que ele iria fazer algo...- Falei baixo me levantando e saindo do beco devagar.- Ele só quis me assustar, eu tô nervosa.

Preto: Calma, calma.- Mudou o tom, e eu comecei a andar devagar voltando o caminho.- O Galego já saiu pra te buscar faz cota, então tenta voltar pra loja, o maluco ainda tá por perto?

Letícia: Acho que não, não tô vendo ele.- Falei começando a andar rápido.

Preto: Tá, então não dá bobeira e corre de volta. Não desliga a ligação, só quando tu tiver com o Galego, jae?

Letícia: Tá bom...- Murmurei.

Quase dez minutos depois consegui me achar de novo, Galego já tava de um lado pro outro com o celular na mão e quando me viu me olhou aliviado, eu respirei fundo mais calma por ver uma pessoa conhecida e ele me levou pra casa.