Preto 🥋
Quando o Ryan chegou foi só um toque e a Letícia me largou, observei ela indo sentar do lado do mano dela e eu fiquei de boa, vendo ela sorrir a praticamente cada coisa que falava pra ele na maior animação.
Olhei pro Peixe que tava falando algo no ouvido da mina que tava com ele e ela tava com um sorriso também, só continuei rodando os olhos até o Patrão que tava conversando com um moleque tranquilão na dele. Até a Bianca chegou mais junto e tava conversando com o F6, eu como sabia da intenção nem me meti entre os dois e fiquei só bebendo.
Me levantei pra ir no banheiro e quando tava saindo me bati com o Fabrício, tentei ignorar ele pra não arrumar b.o porque não tava no meu morro, mas eu sabia que ele ia provocar.
Afinal, era o morro que ele era herdeiro, protegido e mimado por qualquer um daqui, poderia fazer o que quisesse que iria sair como certo.
Fb: Aí pô, aquela mina que tá contigo é o que? Puta ou mulher mermo? - Falou sorrindo pra mim e eu encarei ele indo pra cima na hora.
Preto: Tá chamando minha mulher de puta? - Falei colocando dedo na cara dele.
Fb: Ih cara relaxa, só fiz uma pergunta.- Se afastou rindo e eu vi os menor se aproximando em defesa dele, mas ele fez sinal que no precisava.- Uma gatinha ela.
Preto: Vai ficar nessa? - Gritei sentindo ódio do moleque.- Respeita minha mulher porra, vai se fuder.
Patrão: Qual problema daqui? - Falou me puxando pra trás e ficou no nosso meio, eu tentei ir pra cima do filho da puta e o patrão me segurou.
Preto: Esse cuzão tá falando da minha mulher, chamou a minha mulher de puta.- Falei alto vendo o Patrão encarar ele.
Fb: Não afirmei nada maluco, só te fiz uma pergunta. Se tu se ofendeu aí é porque quis confirmar.- Falou debochado e eu nem tive oportunidade, Patrão que meteu soco na cara do moleque e ele caiu pra trás fácil.
Letícia: Pai?! - Falou assim que o Jacaré colocou a arma na cabeça dele, o pai do Fb.
Jacaré: Tu tá no meu morro, na minha casa e tá batendo no meu filho? - Falou encarando o Patrão.
Patrão: Ele ofendeu a minha filha! - Falou na maior postura e eu senti a Letícia segurar minha mão.- Se tu tá defendendo ele, entende o que é bagulho quando é pra defender filho!
Jacaré: Eu só não te mato agora na frente da tua filha porque tu já me ajudou.- Falou empurrando ele pra trás.- Mete o pé.
Letícia me soltou puxando o Patrão e eu saí encarando geral. Quando a gente saiu dali dentro Letícia meteu o pé na frente de geral, quando todo mundo chegou aonde tava as motos a mulher surtou.
Letícia: Vocês não me deixam ter um momento de paz, é incrível.- Gritou com todo mundo e todo mundo encarou ela, inclusive eu.- Eu não aguento mais sério, cada hora tem um novo problema, uma nova confusão, eu só queria respirar com calma, sem precisar me preocupar se alguém que eu amo tá na beira da morte.
Patrão: Se acalma, gatona.- Debochou.- Tá afim de paz se separa de geral daqui e mete o pé pra uma ilha.
Letícia: Eu só queria um mísero dia de paz, eu juro. Fazem meses que eu não sei o que é deitar a merda da cabeça no travesseiro e conseguir dormir sem me preocupar, porque parece que eu nunca vou ter paz.- Falou bolada pra caralho com os olhos cheios de lágrimas.- E eu não consigo tirar uma noite pra tentar ao menos esquecer a porra da confusão que a minha vida é.
Ryan foi o único que abraçou ela e o resto ficou se olhando, fiquei calado.
Sabia que a vida dela nunca tinha sido fácil, que sempre era um bagulho diferente pra atormentar a mente. Que se pá a gente nunca conseguiu ter um mês inteiro de paz, que eu era o culpado por metade desse cansaço dela.
Que quando ela tava no hospital eu só deveria ter ficado tranquilo, mas no lugar disso eu me joguei no vício e quando ela saiu fiz ela se preocupar comigo, bagulho que ela deveria tá se preocupando só com ela.
Engoli no seco tirando a moto dali e montando, geral ficou calado me olhando e eu só meti o pé pra casa. Cheguei lá no maior silêncio e a única coisa que eu fiz foi bolar um e pegar uma garrafa de whisky.
Tentei deixar minha mente distante de bagulho ruim e acabei conseguindo, fiquei me distraindo enquanto fumava até escutar moto chegando e uns minutos depois a porta abrir e Letícia fechar com cara de choro, encarei a ponta do meu cigarro e soltei a fumaça vendo ela vim até a minha direção e sem falar nenhum bagulho se deitar na minha perna.
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Todo amor do mundo
Teen FictionPerdas são sempre dolorosas, ainda mais quando perdemos alguém só pela ausência, pela falta de amor. Uma história complicada entre um pai perdido é uma filha que não sabe qual caminho deve seguir, entre duas pessoas complicadas, se envolve mais um...