Preto 🥋
F6: Advinha quem acordou, irmão.- Eu pulei do chão com o celular no ouvido.- Tua mulher, carai.
Preto: Acordou mermo viado? Papo reto? - Falei animado.
F6: Acordou, tá tentando falar alguns bagulhos mas o médico disse que a garganta tá machucada, algum bagulho assim. Só vai fazer um tratamento de uns dias pra poder voltar a falar, mas tá de boa! Até tentou me dar um soco ainda agora.
Preto: E a polícia? Ainda tá na cola? - Falei olhando pro Patrão.
F6: Mermo lugar, os cara até me levaram na maldade, me deram enquadro e tudo.- Falou puto.
Preto; Se liga, vou tirar eles hoje daí e vou tentar visitar ela. De madrugada, fica ligado que eu vou te orientar!
F6: Jae, bagulho é só não sendo muito tarde porque eu durmo de noite, tá ligado?
Mandei ele se fuder e desliguei, Patrão me olhou e eu sorri animado.
Preto: Letícia acordou, acordou cara! Só não tá falando porque tem que fazer tratamento de algum bagulho, mas ela tá bem, ela tá viva.- Falei animado e ele me olhou aliviado.
Patrão: Tava marolando nisso, tô mais tranquilo agora! Mas que história é essa de entrar em hospital?
Preto: Que se foda cara, vou explodir algum bagulho perto do hospital. Não tem muita segurança lá, certeza que eles vão atrás. F6 só vai me confirmar.- Falei procurando número do maluco que mexia com essas paradas de bomba.
Patrão: Tu vai explodir uma bomba? Perto de um hospital cheio de gente doente? - Cruzou os braços e eu fiz legal.
Preto: Ninguém morre não cara, se liga! Vai da certo, vou assustar ninguém.- Falei mandando mensagem pro mano.
Patrão: Mais fácil tiro pro alto pô, chama uns moleques, manda ficar levando tiro pro alto ali perto. Agora tem que ser neguinho esperto, porque vai bater polícia, se pegar já era.
Fiquei meio assim mas me liguei na ideia dele, chamei uns moleques e ele mandou a ideia pro Ryan, por mim nem levava ele, mas a Letícia se pá ia se amarrar nisso.
Combinei meus bagulhos tudo direitinho e a gente ficou esperando a hora, Patrão foi pra casa organizar os bagulhos e eu fiquei sozinho, aí a mente fraquejou, Cabeça nem tinha chegado ainda porque ele que tava comandando o morro esses dias, mas eu tava na noia.
Queria usar, mas era um bagulho que eu só queria me acalmar, só queria deixar tudo mais leve. Porém ao mermo tempo só passava a Letícia bolada comigo, Letícia querendo ir pra longe de mim, bagulho mexeu tanto com minha mente que a vontade foi embora e eu acabei tomando coragem de ir em casa.
A gente só ia adiantar os bagulhos de madrugada e ainda eram seis da noite. Quando cheguei em casa senti o cheiro de casa fechada e já meti na mente que a Letícia ia ficar bolada comigo porque tava assim, além que tava maior bagunça no quarto desde o dia em que eu fui pra invasão e falei pra ela que quando voltasse ia arrumar.
Acabei indo procurar os bagulhos de limpeza, tava tudo organizado como aquela mulher passava horas arrumando, mermo aqui nem sendo nossa casa mermo, ela fazia questão de organizar. Acabei pegando alguns bagulhos e indo passar pra ficar cheirosinho e acabei me empolgando.
Mesmo não entendendo muito de nada, nem nunca tive vontade de pegar vassoura pra passar na casa, minha mulher sempre reclamava comigo e me mandava fazer, mas eu sempre enrolava.
Quando terminei fiquei na maior paz sentindo o cheiro maneiro mas nem de longe era igual o que ela deixava, tomei um banho e me joguei na cama, fiquei mexendo no celular até capotar.
Quando acordei tava quase na hora do show, a gente foi no sapatinho e os moleques se separaram por fora do hospital, dei um toque pro f6 e quando o tiroteiro começou não deu cinco minutos pros malucos saírem correndo. F6 avisou que tava limpo e finalmente meti o pé pra dentro do hospital, entrei correndo junto com o Patrão e Ryan, mas tentando disfarçar o bagulho, mas Ryan saiu pulando igual maluco.
Quando a gente chegou no quarto, a Laura tava penteando o cabelo da Letícia que tava molhado, elas se assustaram e eu encarei geral, vendo F6 trancar a porta.
Olhei pra Letícia que rolou os olhos até chegar em mim e sorriu, eu abri maior sorrisão animado e ela balançou os dedos.
Laura: Que susto.- Falou olhando pra gente. - Ela acabou de tomar o primeiro banho.
Ryan: Tava sentindo feder de longe.- Falou passando na minha frente e indo beijar a testa dela.
Patrão: Como tá aí os bagulhos? - Falou com a Laura.
Laura: Tá tudo quase 100% tranquilo.- Falou e eu fui pro lado da Letícia.- O problema é só os roxos no corpo e a garganta, alguma das meninas apertou muito forte e isso causou inúmeras complicações.
Preto: Mas e o corpo? Consegue andar, mexer, tudo tranquilo? - Senti a Letícia me batendo com a mão dela devagar e sorri de lado, pegando.
F6: Ela tá suave, só as pernas que tão muito machucadas a ponto dela não conseguir ter muita força. Mas o médico falou que é só esperar, tudo nela aí vai ficar tranquilo, sem sequelas.
Patrão: Espero mermo ein cara, maior fortuna.- Leticia sorriu fraco.
Fui pra perto do rosto dela e beijei seu rosto, ela me cutucou e eu dei um selinho nela, senti seus dedos deslizando pela minha mão e quando ela achou aliança, levantou o dedo fazendo legal.
Dei uns selinhos maneiros nela porque não ela não conseguia nada além disso, Patrão pediu pra falar com ela e a gente acabou que geral teve que sair do quarto, a gente passou uns cinco minutos lá fora e F6 tinha ido tomar cafe, mas o maluco voltou correndo e empurrou geral dentro do quarto, maluco tava maior cara de assustado até dizer que a polícia tava voltando pro quarto e tinha escutado que a polícia tava rondando o hospital todo, porque alguém denunciou que tinha bandido aqui dentro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Todo amor do mundo
Teen FictionPerdas são sempre dolorosas, ainda mais quando perdemos alguém só pela ausência, pela falta de amor. Uma história complicada entre um pai perdido é uma filha que não sabe qual caminho deve seguir, entre duas pessoas complicadas, se envolve mais um...