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Letícia 🎭

Preto: Porra finalmente né, ainda tive que descer pra pista.- Encarei ele com as mãos na cintura, antes de subir na moto.- Tá me olhando por que ein? Bora cara.

Leticia: Primeiro que você tem que falar direito com sua dona.- Ele gargalhou.- E outra que você faz maior drama.

Preto: Mas é sério, bora meter o pé, posso enrolar aqui por muito tempo não.- Fez um bico.

Deu um selinho e subi na moto, ele arrancou é nós fomos parar no morro rapidinho, chegamos na casa dele e tava tudo arrumadinho até, me sentei na sala e vi que tinha várias sacolas em cima da mesa.

Letícia: Comprou tudo hoje? - Falei olhando o bolo e outras comidas.

Preto: Sim, antes de tu vim pra cá.- Sorri.

Letícia: Vou tomar banho e a gente come.- Ele concordou.

Deixei as coisas no quarto e fui tomar banho, quando sai vesti a roupa de dormir e voltei, ele tava assistindo todo jogado e eu chamei ele pra comer, a gente montou uns bagulhos e sentou na sala, tava passando jornal e eu tava com os pés em cima da coxa dele e olhando o que passava.

Preto: Que isso, cara. Parece com a Ana, tua irmã.- Encarei bem, vendo que era uma reportagem de uma menina envolvida com tráfico de armas e um retrato falado dela.

Letícia: Uma pena que a Ana num tem cabelo igual essa aí.- Ele me encarou rindo e eu acompanhei.- E de qualquer forma, é do tcp né, garota tá nem louca.- Ele me encarou e eu dei os ombros, mudando pra netflix e a gente foi procurar um filme.

O que não durou nem dez minutos, cochilei e só senti ele me puxando pra cama. Quando a gente deitou eu fiquei deitada no peito dele e ele ficou mexendo no celular.

Preto: Tá acordada? - Falou me cutucando.

Letícia: Tô não, que que foi? - Falei olhando pra cima.

Preto: Final de semana a gente vai fazer o que? Tá afim de um baile?

Letícia: Pode ser, mas na real queria que a gente fosse comprar algumas coisas pro filho da Gabriela, tu acha que consegue ir?

Preto: Pisa tá foda de descer, hoje desci mas foi cheio de paranoia em mente. Os cara tão ameaçando demais, tão querendo o dois irmãos, tá todo mundo ligado que quando morro troca de comando fica cheio de brecha pra ganhar.

Letícia: Se eu soubesse não teria deixado você ir me buscar.- Ele negou.

Preto: Quero ver quem me pega, ratinho desde menor. Quase dez anos no tráfico e só fui preso uma vez, vai pegar nunca.- Falou debochado.

Letícia: Eu ouvi uns moleques dizendo que eu tô um prêmio brabo.- Sorri sem graça.- Fiel do dono do morro dos dois irmãos, filha do dono da vila união.

Preto: Pra algum maluco querer te trombar tem que ter muito peito, dois morro em cima de um cara, tu acha que vão? - Dei os ombros.

Letícia: Não sei, não quero passar por isso pra saber.- Murmurei.

Preto: Que isso? Essa preocupação do nada?

Letícia: Não é preocupação, só tô comentando. Até hoje lembro do galego levando tiro, morrendo na minha frente.- Falei me ajeitando na cama e ele bloqueou o celular que estava em suas mãos, me abraçando por trás.

Preto: E tu num vai passar por isso de novo, tu num sabe mas tem altos nego de olho em tu.- Falou rindo.- Tua proteção também vale ouro.

Preto beijou meu pescoço e eu sorri me encolhendo, ele me abraçou por trás colocando a perna por cima da minha e colocou a mão por dentro da minha blusa, apertando meu peito. Era quase um anti estresse dele, ele ficava ali brincando e eu ficava bem tranquila dormindo.

Todo amor do mundo Onde histórias criam vida. Descubra agora