Letícia 🎭
Segurei o rosto dele e ele me olhou com a mão na minha coxa, fazendo carinho com o polegar. Dei indícios que iria beijar ele e ele afastou o rosto de olhando, continuei encarando ele e ele que veio me beijar da mesma forma e eu afastei, fazendo a gente sorrir na mesma hora.
Segurei o seu rosto beijando ele com pressa, como se precisasse daquilo. Mas ele afastou meu rosto e me beijou com calma, me fazendo conhecer todos lugares da sua boca, nossas línguas dançavam em perfeita sincronia e puta que pariu, era perfeito.
Eu afastei o rosto e ele puxou meu lábio inferior, mordendo o mesmo de leve.
Preto: Bora pro teu quarto.- Eu encarei ele.
Letícia: Eu sou virgem.- Falei encarando ele que riu, mas continuei com a mesma cara e ele abriu maior olhão.
Preto: Tu é virgem? - Debochou e eu me afastei dele.- Quer enganar bobo, Letícia?
Preto falava tudo com muito deboche, como se eu fosse a mina que deu pra todos. A fama nunca iria sair de mim, e ele muito menos acreditava ao menos no que o Ryan falou, já que não acreditava em mim.
Sai do colo dele extremamente chateada e peguei meu colo, levei pra pia e passei direto, enquanto ele permanecia na sala me encarando. Fui pro meu quarto e tranquei a porta, me deitei na cama com a cara no travesseiro e eu resmunguei, burra.
E sim, eu realmente era virgem. O máximo quero fiz foi uns boquetes aí mas só de teste, mãozinha boba e pá, mas tudo de teste. Só que nunca senti confiança nesses moleques que eu beijava, então sempre sosseguei e nunca fiz questão disso.
Escutei a porta lá fora batendo e revirei os olhos me encolhendo, fui dormir fácil e quando acordei tinha alguém batendo na porta de casa. Quase gritei mandando tomar no cu mas me levantei indo abrir e era o Ryan, com um sorriso no rosto.
Ryan: Vim te levar pra um rolê mil grau.- Falou entrando.
Letícia: Hoje não.- Falei voltando pro meu quarto e me jogando na cama.
Ryan: Qual foi cara, são quase três da tarde, namoralzinha.- Pediu me seguindo e eu olhei pra ele.- Tu vai gostar, eu prometo.
Letícia: Tu sabe me dizer se o Bruno veio em casa? - Murmurei me sentando.
Ryan: Tô na segurança dele de novo, veio. Ele veio cedo, com um moi de bagulho pra comer, trouxe até bolo.- Balancei a cabeça.
Letícia: Vou me arrumar, comer e a gente vai.- Falei com preguiça.
Ryan: Eu vou comer.- Falou pulando da cama e eu confirmei.
Fiquei um tempinho sentada pra despertar e depois fui tomar banho, ele tava comendo altos bagulhos na mesa enquanto eu me arrumava. Me sentei pra comer e ele sentou pra comer de novo e não me disse de maneira alguma o que era.
Quando a gente saiu e eu vi que a gente tava indo pro beco eu fechei logo minha cara, mas quando a gente parou lá até dei uma melhorada na cara, vi que algumas crianças brincavam ali e as paredes possuíam desenhos, que eram lindos por sinal.
Ryan: Ali provavelmente vai ser o espaço que os moleques vão ter aula de desenho.- Falou apontando.- Bora lá.
Ryan segurou minha mão me puxando e quando a gente entrou vi a menina que vive com o Bruno, e ele sentado numa cadeira com o celular na mão, enquanto ela falava com algumas crianças, mas logo os dois me olharam e ela desviou o olhar, de longe já vi medo e acabei rindo.
Ryan: A Gabi que organiza tudo, ela e uma galera que teve a ideia.- Falou pra mim apontando pra ela e ele foi pra minha frente.- E eu tô ligado que tu ama esses bagulhos, então tu poderia fazer parte dos projetos, só precisa falar com ela.
Letícia: Sério Rh, é incrível isso, as coisas lá fora, mas eu não tô com cabeça pra criar amizade com ela agora.- Falei sincera, mas não dispensei a possibilidade, realmente achei muito interessante.
Ryan: Jae, então.- Negou com a cabeça.- Ali fora tem parede livre, vamo lá pra eu te mostrar meus dotes.
Letícia: Tu não faz nem um coração.- Brinquei e ele me puxou pra fora.
Ele pegou as coisas e eu fiquei observando ele escrever o nome dele. Até lutei contra mas a animação foi maior e eu amarrei meu cabelo e peguei as tintas e os pincéis.
Comecei a fazer tranquila e calma uma flor bem bonita, algumas crianças correram pra perto e o Ryan arrastou uma cadeira. Passei quase uma hora pra fazer aquilo perfeitamente e olha que nem era tão grande.
Patrão: Não sabia que tu curtia esses bagulhos.- Escutei a voz dele enquanto eu limpava minha mão e olhei, vendo ele e ela.
Letícia: Cê não sabe de muita coisa.- Fiz uma cara feia e olhei pra minhas mãos.
Patrão: Disso eu sei.- Acabei sorrindo fraco e olhei as crianças admirando.- Mas ficou lindo.
Gabi: Realmente, Letícia. Ficou muito bonito, você tem bastante talento.- Olhei pra ela que falou tudo num tom tímida.
Quando eu levantei o olhar pra ela, vi ela se aproximando mais do meu pai com medo e prendi o riso, fiz uma cara legal e respondi.
Letícia: Obrigada, achei maneiro a tua iniciativa.- Balancei a cabeça procurando o Ryan que tava tentando desenhar um coração e revirei os olhos, vendo ele fazer uma linha reta?!
Fui lá ajudar o burrinho e ficou menos feio, melhor que o que ele tava tentando fazer. A gente ficou nessa marola com as crianças até anoitecer, quando anoiteceu ele me levou pra casa e eu tava me sentindo bem, melhor do que nos outros dias.
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Todo amor do mundo
Teen FictionPerdas são sempre dolorosas, ainda mais quando perdemos alguém só pela ausência, pela falta de amor. Uma história complicada entre um pai perdido é uma filha que não sabe qual caminho deve seguir, entre duas pessoas complicadas, se envolve mais um...