Letícia. 🎭
Tava desconfiada, mas era só um vacilo desse moleque eu metia o pé.
Ou pelo menos era o que eu normalmente iria fazer, não tava conseguindo nem pisar no chão direito, ele tava me carregando e além de tudo eu nunca tinha se quer pisado aqui, não sabia muito menos que morro era, quem era o homem e por que ele falou da minha mãe.
— Aqui, aqui..- Me puxou.- Entra aqui, garota! - Me empurrou e eu gemi de dor.
Letícia: Aí namoral, eu vou meter um soco no meio do teu cu, me solta.- Me debati e ele me empurrou de novo.
Preto: Te paguei pra tu fazer isso com ela, moleque? - Escutei a voz dele, olhei pra trás e o vi o Bruno me olhar desesperado.
Letícia: Pai...- Sussurrei e tentei andar até os seus braços, ele colocou o fuzil pra trás e me segurou, me abraçando.
Patrão: Tu tá bem? - Falou me abraçando e eu senti seu coração batendo muito rápido, ele se afastou olhou pro meu rosto e desceu o olhar, viu meu braço roxo, minhas pernas machucadas e com resíduos de sangue, porque a corrente apertava e machucava muito.
Letícia: Eu quero ir pra casa.- Deitei a cabeça no seu peito e ele beijou minha cabeça, segurando minha nuca, Preto deu um dinheiro ao moleque e ele saiu correndo dali.
Patrão: Desce com o Preto, jae? Eu vou descer logo menos, só preciso resolver um caso antes.- Olhei pra ele e o Preto me puxou com cuidado.
Preto: Eu não vou te falar mais nada, papo reto.- Me abraçou de lado.- Bora, danada.
Letícia: Pai, por favor...- Encarei ele que balançou a cabeça.
Preto: Não demoro! - Neguei, não dando nem um passo.
Letícia: Faz isso por mim, vem comigo. Eu não vou sair daqui sem você.- Falei balançando a cabeça.
Preto riu baixinho e ele respirou fundo dando as costas e tirando o fuzil das costas e colocando na frente, enquanto andava na nossas costas, observando se tinha alguém.
O Preto me arrastava pra me ajudar a andar, enquanto que na outra mão tava só com uma glock, quando a gente chegou no que parecia ser a entrada do morro eu me aliviei. Mas quando olhei pro lado, vi que o homem que me prendeu tava com a arma apontada pro Bruno, desesperei na hora e me soltei do Preto, abracei meu pai entrando na sua frente e senti a dor na mesma hora, dando um grito e escutando meu pai gritar enquanto me olhou e eu fechei os olhos, tendo minha última visão a sua cara de medo.
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Todo amor do mundo
Teen FictionPerdas são sempre dolorosas, ainda mais quando perdemos alguém só pela ausência, pela falta de amor. Uma história complicada entre um pai perdido é uma filha que não sabe qual caminho deve seguir, entre duas pessoas complicadas, se envolve mais um...