6 anos depois :)
Letícia 🎭
Cá estava eu, vestindo o Pietro com a maior paciência do mundo. Ajeitei sua blusa e ele coçou a cabeça agoniado por ter que usar até uma pequena gravata.
Letícia: Pensa bem, é só pra tirar uma fotos e você pode pular o resto da noite no pula-pula.- Ele me encarou.
Pietro: Tá bom.- Revirou os olhos.- Cadê minha mãe?
Letícia: Tá terminando de se arrumar.- Ele fez cara de tédio.- E você já está pronto, pode ir lá pra fora mas sem correr.- Ele concordou e eu abri a porta, vendo ele sair correndo.- Pietro!
Preto: Se estressar vai agitar a Laís.- Apareceu na minha frente com um prato de doce.- E aí vai reclamar de cólica, e aí quem tem que fazer massagem? Isso mesmo pô, eu.
Letícia: Fico triste quando lembro que daqui dois meses eu vou parar de receber massagem só porque ela nasceu.- Passei a mão pela minha barriga que tava enorme.
Recapitulando tudo que havia acontecido nos últimos seis anos que se passaram rápido como se passa uma página de um livro...
Começou com a tão final morte da Brenda, que foi a coisa mais horrorosa que eu já escutei saindo da boca do Andrey.
Eles obrigaram ela a se queimar, isso mesmo. Eles fizeram ela mesma tocar fogo no seu próprio corpo, depois de tanto torturar a mente dela, eles conseguiram isso. E eu fiquei horrorizada quando vi que realmente foi isso que aconteceu, ela tomou banho de álcool e acendeu o fósforo jogando em si, foi horrível. Me dá arrepio só de falar.
E aí seguimos a vida aos poucos. Agora o Cabeça, provavelmente perdeu a cabeça dele em algum lugar e depois foi maior trabalho pra encontrar.
A Elisa falou que ia voltar pro morro e o maluco perdeu a cabeça, sabia que ia ter que sustentar o papel de pai ou o Preto disse que ia expulsar ele do morro. Deu maior briga, confusão, término de amizade e tudo mais.
Daí eu já tava bolada pra caralho com ele, quando ele veio brigar com meu preto eu já fui brigando que nem uma feia com ele, aí ele parou de falar comigo.
Mas voltou uma semana depois pedindo desculpa e a gente conversou. Ele só me explicou que tinha medo de ser um pai ruim, assim como a mãe dele foi pra ele, porque nem pai ele teve. Disse que com a mãe presente foi um inferno, que preferia só que ela tivesse abandonado ele, como fez quando ele tinha 10 anos.
Aí eu tive que tentar colocar juízo que se ele se esforçasse poderia ser o melhor pai do mundo e isso só dependia dele, não era sobre a mãe dele, muito menos sobre o pai que abandonou, e sim sobre ele e a relação com o próprio filho.
E isso de que ele ficou com medo, mas tentou e viu que era incrível a experiência de ser pai, então hoje era grude, vivia com o Felipe pra cima e pra baixo e até levava ele pros rolês, e no final, tinha se juntando no fim com a Elisa, mãe do bebê.
Novamente, mas um casal feliz. Continuando, tínhamos o Peixe e Vitória que estavam namorando há seis anos bem sério, eu estava feliz por eles, mas não gostava dela nenhum pouco e ela não fazia questão nem de olhar na minha cara.
E isso foi até um problema, um dia fiquei super irritada porque estávamos na festa de aniversário do Peixe e desde que eu tinha chegado ela me olhava torto, mas eu tava em paz. Até me cansar do seu olhar e ir tirar satisfação, resultando em uma briga. E além, o Preto ficando com raiva de mim porque achou que a briga era por causa do Peixe.
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Todo amor do mundo
Teen FictionPerdas são sempre dolorosas, ainda mais quando perdemos alguém só pela ausência, pela falta de amor. Uma história complicada entre um pai perdido é uma filha que não sabe qual caminho deve seguir, entre duas pessoas complicadas, se envolve mais um...