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Letícia 🎭

Preto: Quer ir lá falar com teu coroa? - Falou passando o polegar na minha coxa.

Letícia: Não, ele tá feliz. Deixa ele aproveitar.- Falei olhando o Peixe aparecendo com o pescoço todo cheio de curativo, ele olhou em volto e sorriu ao me olhar.

Me soltei do Preto que tava com o braço em cima de mim e fui até ele sorrindo, quando cheguei em sua frente coloquei a mão na cintura.

Letícia: Tá tudo bem? - Ele confirmou.

Peixe: Pô, se não fosse você né.- Estendeu as mãos.

Letícia; Não podia cumprir a promessa que ia cuidar de criança, tive que fazer alguma coisa.- Brinquei.

Peixe: Nem sei como te agradecer.- Pisquei.

Letícia: Não me fazendo pedidos como aquele está ótimo.- Dei os ombros.- Fica a vontade.

Ele sorriu pra mim e eu fiquei encantada com aquele sorriso bonito, caminhei até meu pai abraçando ele por trás e ele continuou fazendo seu passinho sem se importar comigo.

Letícia: Pai...- Cutuquei ele.- O que tem pra comer?

Patrão: Os moleques foram comprar carne.- Falou parando de se mexer e ele olhou.

Sorri pra ele e ele me abraçou, fiquei sendo abraçando por ele enquanto que ele me balançava. Quando ele desistiu de me ter em seus braços me expulsou e eu sentei nas pernas da Gabriela, que agora tava com um copo de whisky na mão.

Letícia: É muito forte? - Ela negou.

Gabi: Depende se você for muito fraca.- Falou estendendo o copo.- Caralho Letícia, cê é mó cavalona sentando em cima de mim.

Letícia: Num tem lugar aqui.- Falei tomando um gole, fiz careta fechando os olhos e coloquei a língua pra fora.

Mas achei gostosinho, então peguei um copo e coloquei com gelo pra mim. Fiquei procurando se tinha alguém com lança na mão mas ninguém, o Preto parou do meu lado e eu olhei pra ele.

Preto; Tô querendo ir pra casa, tô cansado pra caralho.- Falou me olhando e mexendo no meu cabelo.

Letícia: Dorme aqui comigo, o Bruno não vai nem ligar.- Falei encarando ele.

Preto: E se ele se ligar? Maior confusão cara.- Neguei.

Letícia: Aí pelo menos você já vai ter descansado e vai poder brigar.- Ele riu.

Preto: Vamo fazer o teste pô, vou te beijar agora e se ele reclamar eu fujo.- Eu comecei a rir e ele segurou minha nuca.

Encarei o Andrey e ele me beijou com calma, segurei em sua cintura e ele tava me beijando tranquilamente até uma mão puxar minha cintura.

Patrão: Olha ali os moleques com comida.- Falou apontando pros meninos que tavam colocando a carne da churrasqueira.

Letícia: Poxa, chegaram rápido ainda bem.- Brinquei vendo ele empurrar minha cabeça.

Preto: Maior vontade de comer uma coxinha agora, papo reto.- Falou me puxando pra perto dele novamente e colocou o braço por volta do meu pescoço.

Patrão: Aqui é lanchonete, filhão? - Eu tomei um pouco do meu copo e ele me encarou.- Tu num é de maior não garota, tá achando o que?

Letícia: Bruno, você não pode ligar pra nada hoje. Tá feliz, conseguiu ganhar a guerra, você só pode ver coisas boas.- Ele riu negando com a cabeça.

Patrão: Sorte tua que eu tô tranquilo e calmo hoje, amanhã num sei.- Eu encarei ele.

Preto: Bora atrás de alguma lanchonete? - Falou me balançando.

Letícia: Não tô afim não cara, madrugada de sábado sempre fica sinistro a movimentação da polícia por causa dos bailes. Descer pra pista dia de hoje é complicado.

Preto: E eu vou comer o que? - Falou no meu ouvido me puxando pra perto e eu olhei pra ele rindo.

Letícia: Deve ter pizza lá dentro.- Dei os ombros olhando pra ele que balançou a cabeça.

Preto saiu com a mão na minha cintura e a gente entrou em casa, realmente fomos pra cozinha e ele se sentou na bancada enquanto eu procurava a pizza na geladeira. Até porque aqui sobrevivia assim, ou pizza, ou hambúrguer ou essas besteiras.

Letícia: Ainda tem torta de chocolate também.- Falei tirando a pizza e a torta.

Preto: Achei que tinha você dentro da geladeira também.- Eu olhei pra ele gargalhando e ele riu coçando o pescoço.

Letícia: Então você não quer comer nada na real?

Preto: Não pô, quero sim. Mas queria mermo era você.- Coloquei a pizza pra esquentar e fui cortar minha torta.

Letícia: Pois eu prefiro a torta.- Falei comendo ele me colocou no meio das pernas dele.

Ele sentado no balcão deixava ele bem mais alto do que eu, eu batia no peito dele e ele tava com a mão no meu braço deslizando o polegar.

Preto: Esse bagulho de assumir o dois irmãos, a gente mal vai se bater né.- Olhei pra ele.- Vou morar lá e tal.

Letícia: Mas a gente vai se ver pra que mesmo?! - Ele me olhou bolado e eu ri.

Preto: Que gente casada tem esse bagulho, se ver todo hora.

Letícia: Ainda bem que não somos casados.- Fui tirar a pizza e entreguei pra ele.

Preto: Jae, mas não queria ficar longe assim e tal.

Letícia: Você nem vai lembrar de mim quando começar a cair piranha na vista. Se como braço direito já tem vários, imagina como chefe do tráfico.- Ele desceu da bancada e a gente foi sentar na mesa.

Preto: Pode cair que o pai gosta de ser o rei delas, mas num vai fazer diferença.- Neguei rindo.- Quem que vai clonar tudo do meu celular? Que vai excluir minhas redes sociais?

Letícia: E eu sei? - Falei rindo.

Preto: Você Letícia, você! - Falou de boca cheia e eu fiz careta.

Letícia: Como você acha que vai ser? Vai levar algum moleque daqui pra lá? - Falei interessada e ele sorriu como se tivesse ficado feliz por eu querer saber daquilo.

Preto: Tava pensando, só não sei quem. Tô ligado que vários menor de lá vai querer ir contra no bagulho, então vai ser mo dor de cabeça.

Fiquei conversando com ele sobre isso enquanto a gente comia, porém mesmo depois de terminar de comer a gente ficou sentados na mesa conversando sobre algumas coisas de ambas vidas.

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