Letícia 🎭
Eu continuava deitada e abraçada com o Preto, eu tava com a cabeça em cima do seu braço de novo e ele tava mexendo no celular enquanto eu dava opinião em tudo que via, porque não tinha nada de melhor pra fazer.
A porta tava aberta, então o Bruno entrou de cara e eu olhei pra ele, Preto encarou ele e Patrão olhou negando.
Letícia: Fui ainda agora no quarto e achei que você tava dormindo.- Falei permanecendo deitada.
Patrão: Tava pô, levantei tem nem cinco minutos.- Passou a mão no cabelo.- Eu tenho um bagulho pra te contar, não sei se tu vai levar como uma parada maneira.
Letícia: O que rolou? - Me sentei e o Preto se ajeitou também, Bruno sentou na ponta da cama e ficou enrolando pra falar.
Patrão: A gente foi no médico ontem porque a Gabriela tava passando mal e tal. Mas aí a gente descobriu que ela tá grávida.- Eu fechei a cara.- E tipo assim, a gente não fazia ideia, tá ligado.
Fiquei calada tentando colocar isso na minha cabeça mas não entrava, apenas balancei a cabeça enquanto os dois me olhavam.
Letícia: Que ótimo! - Tentei falar normal, mas saiu de forma debochada.
Patrão: Isso não muda entre a gente cara, só vai ter uma cria agora pra nós se entender com mais uma. O único bagulho é que agora ela vem morar aqui.
Preto: Caralho fi, tu é transudo ein.- Falou no meu lugar apertando a mão do Patrão.- Será que agora vem um moleque? Porque ta foda.
Patrão: Han, se não vim um moleque nós tá fudido.- Falou rindo e eu me deitei de novo, pegando o celular.
Eles continuaram conversando até o Bruno ir embora e fechar a porta, continuei calada e o Preto se virou ficando cara a cara comigo.
Preto: Ficou com ciúmes cara? - Falou rindo e eu nem tirei os olhos do meu celular.
Letícia: Só não tô legal.- Falei baixo.- É meio estranho de explicar.
Preto: Pode falar, manda a boa.- Falou tirando o celular da minha mão e eu encarei ele.
Letícia; As vezes é como se ela estivesse tomando o lugar da minha mãe. Ele querendo que ela venha morar aqui, agora vai ter um filho com ela...
Preto: Mas isso é um bagulho bom, nega. Ele tá recomeçando, Gabriela é gente boa, eu acho da hora. E não acho que ninguém vai ocupar o espaço da Livia, ela é única e nem que tentem.
Letícia: Você era muito próximo dela? - Falei curiosa.
Preto: Não pô, eu sempre morei no morro mas nunca fui envolvido né. Aí quase uma semana antes que eu fui começar a entrar pro movimento, daí via ela só de longe com o Patrão, mas via que ela gente boa. Daí aconteceu os bagulhos, ele foi embora e quando voltou, voltou dez anos depois contigo.
Letícia: Eu lembro de tão pouca coisa dela, tenho medo de me perder.
Preto: Isso é bagulho que a gente nunca esquece. Eu acho que vai ser maneiro tu ter um irmão, pelo menos o Pratão para de pegar no teu pé um pouquinho.- Eu neguei.
Letícia: Mas eu gosto da atenção, gosto de ser mimada por ele.- Choraminguei.
Preto: Eu te mimo em tudo, relaxa.- Falou beijando meu rosto várias vezes.- Agora é o momento que tu prova pra ele que não é a chatinha de meses atrás e mostra que ficou feliz.
Letícia: Ué, mas num tô feliz! - Falei sincera.- Quando eu realmente ficar vou lá parabenizar. Mas agora não tô e não vou ser falsa.
Preto: Isso aí é outros quinhentos, tu que sabe.- Falou me dando um beijo.- A reunião começa de oito, ainda são seis. Quer fazer algum bagulho antes?
Letícia: A gente nunca teve oportunidade de transar com calma, sempre foi bagulho na pressa.- Falei manhosa e ele sorriu.- Só tava lembrando, a gente pode voltar bem cedo do Preto só pra terminar a noite bem.
Preto: Ou a gente pode transar agora, lá no bagulho e quando chegar.- Falou beijando meu pescoço.
Letícia: Eu vou começar a me arrumar, porque você sabe que eu demoro.- Falei rindo.
Andrey negou com a cabeça indignado e se levantou, fui me levantar também pra tomar banho e ele fechou a porta e me pegou no colo me jogando na cama. Eu gargalhei com o susto e ele me olhou com carinha de sofrido, eu fiz bico passando a mão no rosto dele e ele riu, beijando meu pescoço enquanto eu neguei com a cabeça.
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Todo amor do mundo
Teen FictionPerdas são sempre dolorosas, ainda mais quando perdemos alguém só pela ausência, pela falta de amor. Uma história complicada entre um pai perdido é uma filha que não sabe qual caminho deve seguir, entre duas pessoas complicadas, se envolve mais um...