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Letícia 🎭

Após passar pano e deixar tudo cheiroso, tomei um banho e fui fazer a janta, iria fazer uma lasanha na maior paz porque eu tava com vontade de comer e meu pai gostava, mas quando eu tava na cozinha escutei só a voz do Preto pedindo pra alguém tirar os sapatos, fui olhar pra porta e vi as gêmeas entrando em casa, ignorando o Preto e pulando de sapatos ali.

Letícia: Vocês tão surdas, caralho? Essa porra tá limpa, tira a merda do sapato.- Gritei na hora, Bianca revirou os olhos mas parou pra tirar, já a Ana ignorou se jogando no sofá com sapato e tudo, olhei pro Preto que respirou fundo e negou me olhando.

A Bianca era mais calma, não fazia questão por muita coisa e eu até gostava dela. Mas a Ana era o capeta em pessoa, que ficava fazendo a cabeça da Bianca, sempre que a Bianca era legal comigo a Ana ficava no drama dela perguntando de quem a Bianca mais gosta e todo um inferno na minha vida.

Fui pro meu quarto e peguei meus fones colocando, Bianca se sentou numa das cadeiras da mesa e Preto também, os dois se davam bem e ficaram conversando, já a Ana tava com os pés pendurados no sofá e falando besteira o tempo todo, o que eu evitava escutar até ela decidi vir até a cozinha beber água e passar do meu lado falando.

Ana: Que cheiro horrível.- Falou do meu lado mexendo na panela.

Letícia: Sai daqui, Ana.- Falei respirando fundo e ela colocou o copo na pia.

Ana: Quem sabe um dia você aprenda a fazer alguma coisa que preste, porque por enquanto tá horrível.- Provocou novamente e eu segurei o cabelo dela fazendo um nó na minha mão e puxando pra baixo.

Letícia: Me deixa em paz, não troca nenhuma palavra comigo.- Ela choramingava de dor e eu encarei ela.- Eu vou quebrar a tua cara na próxima vez que tu vir de graça pro meu lado.

Patrão: Letícia.- Escutei apenas a voz dele encarei ela, empurrando ela e virei pra olhar pra ele.

Bianca: Foi a Ana que foi provocar ela.- Olhei pra ela que se levantou abraçando ele.- Tava com saudades.

Os dois se abraçaram e Ana passou por mim jogando o cabelo pra cima de mim, fiquei quieta e calada até ouvir ela falando que tava com fome, dizendo que queria comer pizza. Meu pai concordou e perguntou se eu queria ir e eu disse que não, virando o rosto.

Preto: Eu vou laricar por aqui, bagulho tá mó cheiroso.- Falou com meu pai que chamou ele também.- Depois eu desço pro plantão.

Meu pai não fez questão e ele ficou, eu respirei fundo quando eles saíram sentindo uma imensa vontade de chorar, subi no balcão olhando pra cima e mordi meu lado passando a mão nos meus olhos.

Preto: Tá ligada que a Ana fez de propósito, né?! -Falou sentado lá.- Tu deveria ter se acostumado já com os lances dela.

Letícia: Me acostumei mesmo é com o Bruno ignorando tudo que eu faço e me tirando só pelas coisa ruins.- Sorri fraco.

Preto: Tu faz tudo que o maluco fala que não é pra fazer, quer o que também?

Letícia: Talvez só um pai presente na minha vida mesmo, acho que nem é muita coisa.- Falei vendo ele rindo.

Preto mudou o assunto me chamando de cozinheira e pedindo pra eu servir ele logo, mandei dedo pra ele e fui arrumar a mesa pra gente comer, já que faltava pouco pra ficar pronto.

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