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Patrão 💣

Quando voltei pra dentro da casa, Gabi me olhou com cara de dúvida e eu me sentei do lado dela.

Patrão: Cadê a Letícia? - Olhei pras meninas.

Gabi: Foi procurar você junto do Preto.- Deu os ombros.- Tão lá fora.

Ana: Há quanto tempo eles tão namorando, pai? - Olhei pra ela.

Bianca: Ele não é um pouquinho mais velho que ela? - Fiquei sem entender.- Ue, o que foi?

Ana: Ou não é assumido pra todo mundo? Porque ontem eles tavam falando de continuar em sigilo, a galera do morro deve super falar mal né? - Me levantei.

Patrão: Que papo é esse, Ana? - Falei bolado já e a duas se olharam.

Ana: Ue, eu vi ontem eles conversando sobre o relacionamento deles.- Olhei pra Gabriela que se levantou e eu sai andando pra parte de fora da casa novamente.

Quando sai, olhei direto pro beco que tinha aqui perto e sai correndo, quando entrei no beco e vi o Preto dando selinho na Letícia e ela sorrindo fiquei com ódio, fui pra cima dele empurrando ele e ele caiu no chão, Letícia me olhou assustada e a Gabriela entrou na frente dela.

Gabi: Aqui não é lugar pra isso, vamos pra casa.- Falou tentando me segurar.

Patrão: Seu filho da puta, eu confiei em você, te deixei entrar e sair da minha casa pra tu pegar minha filha na covardia.- Falei indo pra cima dele que só se defendeu.

Preto: Calma caralho, eu ia te contar.- Tentou me segurar.- Foi mal cara.

Letícia: Para pai, fui eu que quis, eu que provoquei.- Tentou me segurar mas eu virei empurrando ela.

Tava cego de ódio, soquei a cara dele vendo a cabeça dele bater no chão e ele tossir sangue, tirei a pistola da cintura sentindo maior adrenalina pelo meu corpo e destravei colocando na cabeça dele.

Preto: Eu gosto dela, papo reto eu gosto dela.- Falou quase sem ar.- Não fiz nada pra machucar ela, eu ia te contar, confia em mim caralho.

Gabriela: Se você puxar esse gatilho, você vai ficar sozinho, Bruno.- Falou me puxando de cima dele, deixei a arma cair no chão e ela me empurrou na parede.- Ele não é um inimigo, é o Andrey, teu melhor amigo.

Patrão: Ele agiu na traição, nas minhas costas.- Gritei e ela me encarou negando, olhei a Letícia que chorava se agachar e tentar ajudar ele.- Se tu ajudar ele, eu paro de te considerar no mermo momento, Letícia.

Letícia: Eu não vou deixar ele morrer, pai...- Falou chorando.- Por favor, não faz assim.

Me soltei da Gabriela pegando a pistola e travei, quando olhei pra entrada do beco tava cheio de gente, sai batendo em todo mundo pra passar e escutei o Preto falando.

Preto: Vai com ele, papo reto. Eu me viro sozinho, vai ficar com ele.- Ele falava quase sem ar e tossindo.

Continuei andando e as gêmeas me seguiram, quando cheguei no carro percebi que nem a Gabriela veio comigo e bati no volante com ódio, as meninas me olharam assustadas e eu respirei fundo sem cabeça nenhuma pra nada.

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