No dia seguinte.
S/N:
Mito e Hashirama queriam comemorar o meu retorno, mas eu estava muito cansada e precisava acordar cedo no dia seguinte, então recusei e fui para a minha casa matar a saudade de dormir na minha tão amada cama.
Acordo super disposta, pois faz muito tempo que não tenho sonhos ruins. Aprendi a lidar com meu psicológico graças ao treino de meditação com Mito, então os pesadelos não são mais um problema.
Antes das cinco da manhã saio rumo aos portões de konoha. Coloquei meu novo traje de batalha que consiste em uma calça justa, uma camisa de mangas compridas e uma espécie de armadura parecida com aquela que o hokage usa em batalhas. Eu mesma fiz esse traje, e quando eu ativar o selo poderei converter meu chakra para a armadura e torná-la mais resistente. Espero nunca precisar fazer isso.
Quando chego nos portões principais, Madara e mais alguns shinobis já estão ali me esperando. Percebo que sou a única mulher, e acho isso um pouco injusto.
— Bom dia! -digo, sorridente.
— Bom dia! -apenas Izuna e Kagami respondem.
— Vamos. -diz Madara.
Faço uma careta e sigo com eles, correndo dentre as árvores para o campo de batalha.
• • •
— Você vai ficar atrás de nós, escondida. -o líder dos Uchihas explicou. — Só vai sair caso algum de nós se machuque.
— Entendi. -murmuro, atenta em suas instruções.
Costumo provocar Madara para deixá-lo irritado, mas em situações assim fico ciente do meu lugar. Ele é o líder, o mais experiente e é a autoridade aqui.
— É uma missão rápida, vamos fazer isso logo. -ele disse, partindo com os outros para o campo de batalha.
Fiquei escondida atrás de algumas rochas e com os olhos atentos ao redor. Espero não precisar entrar em combate, pois a regra número um que Mito impôs durante o nosso treinamento é que eu jamais devo matar alguém.
Descobrimos que o meu doujutsu é despertado no momento em que as minhas mãos ferem alguém gravemente, ou seja, quando eu matar pela primeira vez. Mesmo que seja sem querer, é estritamente proibido cometer esse erro, senão tudo estará ferrado.
Mesmo de longe, presto atenção nos shinobis da minha equipe. Eles já estão lutando há algum tempo, mas não posso deixar de observar as habilidades deles. Deve ser aqueles sharingans... será que o meu doujutsu seria assim?. Nunca vou saber.
Após algum tempo de batalha, percebo que Madara é excelente em combate e que está à frente da equipe, confrontando alguns inimigos de uma só vez. Um pouco atrás dele, Izuna e Kagami são cercados por um grupo de ninjas que estão dando uma boa canseira neles.
Meus olhos se concentram nos dois, que não demoram para acabar com todos os inimigos... exceto um.
Um homem estava usando um jutsu que o permitia se camuflar perfeitamente na paisagem. Izuna e Kagami estavam muito concentrados nos outros que não repararam naquele.
— IZUNA! -grito o mais alto que consigo.
Ele está longe demais. Não me ouve.
O homem aparece ao lado dele rápido demais, e o fere usando uma arma ninja envolta por uma corrente de chakra. Kagami detém aquele ninja, mas não à tempo de evitar que Izuna fosse atingido.
Saio de onde estou escondida e corro o mais rápido que consigo até chegar nele. Madara percebeu que o seu irmão foi ferido, mas está muito longe e muito ocupado para vir até aqui. Me agacho ao lado de Izuna e coloco a cabeça dele sobre minha perna.
— S/n... -ele diz com dificuldade.
— Shhh, fica quietinho. -digo num tom calmo.
Retiro a katana do estômago de Izuna e começo a estancar a hemorragia e curá-lo. Foi grave, acertou em cheio e o sangramento interno está intenso.
— S/N!!! -ouvi Kagami gritar, um pouco distante.
Sinto uma vibração no solo abaixo de nós, então um ninja usuário do doton emerge do chão ao nosso lado e faz um selo de mão na nossa direção. E então tudo acontece muito rápido...
Olho para a minha direita, onde vejo Kagami longe demais para chegar à tempo. Olhando de soslaio para a minha esquerda, meu olhar encontra com o de Madara por míseros segundos, mas sei que ele não pode fazer nada para me ajudar. Meu Deus, isso não pode estar acontecendo., pensei. Se eu der um soco no solo, vou afastar o ninja mas consequentemente vou ferir Izuna ainda mais.
Pego a katana que tirei do corpo de Izuna, pois é a primeira coisa que consigo pensar em fazer. O ninja lança várias kunais na nossa direção, quais eu bloqueio usando a katana. Levanto-me para confrontá-lo, pensando numa forma de não matá-lo.
— Esquerda... -ouço a voz arrastada de Izuna me avisar.
Com a katana firme em minha mão, viro o meu corpo na direção que ele me instruiu. O ninja que emergiu era apenas um clone, o verdadeiro está me atacando pela lateral., observei. Ergo a katana com a intenção de me defender, porém o ninja corre em minha direção e acidentalmente espeta a katana em si mesmo, acertando diretamente no seu coração.
— Não... -sussurro, com os olhos arregalados e paralisada.
Não consigo abrir as mãos para soltar a espada, sinto como se o meu coração fosse parar de tão rápido que está batendo no meu peito. O olhar do homem está fixo nos meus, perdendo a vida aos poucos.
Encaro a lâmina da katana cravada no seu peito, como se o tempo tivesse simplesmente parado. Um filme passa pela minha mente, lembrando de todos os conselhos dos meus pais e de Mito, agora sendo jogados por água a baixo.
— Que bom que conseguiu, era o último. -Kagami aparece ao meu lado. — Vá ajudar o Izuna.
Abro as mãos abruptamente, engolindo em seco. Me sinto normal, talvez não tenha funcionado porque foi ele quem se enfiou na espada que estava nas minhas mãos, tecnicamente não foi eu quem o matou. Ele se matou.
— S/n, vai ajudar o Izuna! -Kagami eleva o tom. — Eu vou ajudar o Madara-sama.
— Ok... -sussurro para mim mesma.
Me recomponho e volto para onde Izuna está. Ele já está ficando pálido, então uso uma maior concentração de chakra no ninjutsu médico para curá-lo. Meu foco agora é apenas deixá-lo vivo.
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feiticeira • entre uchihas e senjus
FanfictionOnde Hashirama abriga uma jovem órfã em sua aldeia e o seu irmão assume o treinamento da garota. S/n teve a sua família assassinada por serem portadores de um poderoso kekkei genkai, cujo ela foi instruída a esconder de tudo e todos. Após passar a s...
