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S/N:

    Pouco tempo depois que Izuna some do meu campo de visão, Madara aparece. Está vestindo aquele kimono preto e está sério como sempre, mas quando lanço um sorriso em sua direção, ele retribui de maneira quase imperceptível.

— Não pensei que receberia a sua visita tão cedo. -ele comentou. — O que aconteceu?

— Eu queria conversar sobre um assunto bem importante. -sorri sem jeito.

    Por que eu fico assim?

— Ei, Koji! -chamei e ele parou de brincar para vir até mim.

— Ah. -Madara bufou e colocou uma das mãos no rosto. — Eu já falei que ele não é meu filho!

— Eu sei. -revirei os olhos. — Mas eu preciso de uma ajudinha para descobrir quem é o pai dele.

— Está escrito "teste de DNA" na fachada da minha casa? -ele olhou para o telhado com ironia.

    Debochei e em seguida revirei os olhos. Koji parou na minha frente e eu repousei as mãos nos ombros do garotinho.

— Me ajuda, por favor! -pisquei os olhos e usei um tom manhoso, brincando.

    Madara suspirou e assentiu, cedendo à minha proposta. O Uchiha nos deu espaço e entramos. A casa está exatamente do mesmo jeito que estava quando estive aqui da última vez., observei. Se eu morasse aqui, mudaria pelo menos a pintura das paredes.

— Vamos para o escritório. -Madara instruiu e eu o segui.

    Chegamos no local que me trás diversas lembranças. Sento-me na cadeira dos convidados enquanto ele toma o seu lugar na cadeira do chefe.

— O que você sugere? -perguntou.

— Koji, por que você não vai lá conversar com a senhora Masu? -perguntei e o garotinho assentiu, saindo da sala e nos deixando sozinhos.

    Ele é só uma criança, não precisa ouvir esse tipo de coisas tão detalhadamente.

— O pai dele é um Uchiha e Amaya me passou as características. -iniciei a explicação.

— Me fale essas características. -pediu, me interrompendo.

— Ah, é algo como: cabelos curtos e pretos, olhos pretos, sharingan, bandana...

— Ou seja: a maioria. -me interrompeu novamente.

— Deixa eu terminar. -revirei os olhos. — Ela disse que ele deixava duas mechas de cabelo ao lado do rosto, por baixo da bandana.

— Nossa! Ajudou muito. -ironizou. — Diminuiu da maioria para a metade do clã.

— Por que você não me leva a sério? -perguntei, cansada.

— Por que você não senta aqui no meu colo para que eu consiga prestar mais atenção no que diz? -disparou de repente.

    Arregalei os olhos e senti as minhas bochechas esquentarem. Pela sua expressão, ele não está brincando. Aquele clima familiar se faz presente, junto com o embrulho no meu estômago.

— Não vim aqui para isso. -murmurei, desviando o olhar.

— Vem cá, gatinha. -insistiu.

    Respirei fundo e encarei as minhas pernas, mexendo nos meus próprios dedos e sem saber o que fazer. Ou melhor, como fazer.

    Deixo de lado os meus ideais e me coloco de pé, dando a volta na mesa e parando ao lado da cadeira do líder. Ele me analisa minuciosamente, deixando visível aquele tradicional sorriso ladino. A maneira que me olha... é como se eu fosse a coisa mais perfeita que viu na vida. Isso é um pouco estranho, mas eu gosto.

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora