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S/N:

    As empregadas e os demais funcionários ficam boquiabertos quando entro no castelo sendo guiada por Izuna. O garoto não tem modos, realmente, mas também não tem um pingo de vergonha na cara.

— Nossa, que casa enorme! -ele admirou olhando ao redor. — Você comanda tudo isso?

— Sim.

— Ah, para de mentir. -ele me dá um tapinha no braço e dá alguns passos pelo castelo, como se morasse aqui há anos.

— Vamos para a sala de estar? -convidei. — Beber alguma coisa.

— Se você não for passar vergonha. -provocou.

— Claro que não, agora eu sou mais resistente. -estufei o peito, orgulhosa.

— Vamos ver, então.

    Seguimos lado à lado rumo ao local que citei. Assim que chegamos, Itsuki também chega acompanhado dos outros membros do esquadrão Uchiha.

— Parabéns pela conquista. -disse Osamu. Arregalei os olhos. — Eu brincava com você, te chamava de fraca. Mas você é uma mulher dona de uma força extraordinária. Não só física, como mental e emocional.

    Dou um meio sorriso na direção do homem. No fundo, nunca cultivei qualquer sentimento ruim por ele. Suas palavras deixaram o meu ego lá no topo.

— Nem acredito que estamos aqui. -Izuna comentou, se atirando no sofá de couro que fica no canto da sala. — Foi muito difícil morar em Konoha sem você lá.

— Eu imaginei que viriam algum dia. -confessei, me aproximando e sentando-me em uma das três poltronas disponíveis. — Foi bom não terem vindo antes. Passei por dias tensos aqui.

— Posso ver pelas suas olheiras. -observou.

— Podem sentar. -digo ao restante da equipe. — Podem ir para a cozinha jantar, se quiserem. Há bebida suficiente para todos também.

— Aproveitem, agora ela é rica. -Izuna provocou, rindo.

    Aos poucos, cada um tomou o seu lugar no sofá, poltronas e cadeiras. Eles ainda estão visivelmente me estranhando, algo que eu entendo, apesar de ser incômodo.

    Itsuki está parado na porta, observando a situação com um olhar frio. Isso sim é estranho., penso.

— Sente-se, Itsuki. -convidei.

— Não, obrigado. -ele se curvou rapidamente. — Vou sair, se você não se importar.

— Tudo bem. -torci o nariz, mas assenti. Que cara mais esquisito.

    Depois que o mordomo saiu da sala, a equipe Uchiha aos poucos foi se soltando. Cada um foi pegando um copo e uma bebida de sua preferência, enquanto eu observo tudo com o canto do olho. Não sei o que vieram fazer aqui, então posso esperar qualquer coisa.

— Não vai beber, irmão? -Izuna perguntou para o mais velho.

    Estou sentindo o olhar de Madara pesando sobre mim desde quando eles chegaram aqui, mas ignoro o máximo que consigo. Não quero sentir isso, mas não posso evitar. Fico ansiosa só de pensar.

— Vou. -a voz grave do Uchiha ecoou pelo meu corpo como mágica.

    Que situação incômoda.

    Madara se coloca de pé e caminha lentamente na minha direção. Mantenho o maxilar erguido e os olhos baixos, fingindo ignorá-lo ao mesmo tempo que sustento a personagem durona, algo que está cada vez mais difícil de manter.

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora