• after •

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S/N:

    Assim que meu corpo esfria, voltamos para a onsen. Minha respiração continua descompassada, assim como a de Tobirama. Não consigo olhar para o rosto dele sem sentir vergonha. Enquanto estava cheia de tesão eu pareci outra pessoa, preciso me acostumar com a dualidade de ser uma santa e uma diaba em momentos diferentes.

— Você gostou? -ele perguntou. — Está doendo?

— Agora está começando a doer. -faço uma careta, sentindo minha intimidade latejar e arder. — Mas na hora não doeu. Foi bom.

— Logo você se acostuma totalmente. -ele se aproximou e me tomou em um beijo calmo, totalmente diferente de alguns segundos atrás.

— Já está acabando o nosso tempo aqui. -ele olha para o relógio posto na parede em cima da porta de entrada. — Quer voltar para o quarto?

— Sim.

    Tobirama sai da fonte e enrola uma toalha na cintura, estendendo a mão para me ajudar a sair. Subo os degraus devagar, sentindo uma leve dificuldade para caminhar agora.

— Quer que eu te leve no colo? -ele debocha.

    Dou um tapa fraco no seu braço, cerrando o cenho. Caminho até as toalhas e Tobirama me ajuda a secar meu corpo, aproveitando para passar mais um pouco a mão em mim enquanto ainda pode.

    Visto minhas roupas, o Senju veste as dele e nós saímos da sala das águas termais. Tobirama entrega a chave para o recepcionista e segue ao meu lado de volta para o quarto, pois provavelmente já havia deixado tudo pago.

— Eu vou acertar a nossa saída para o fim da tarde e pegar alguma coisa para comer, você vai sozinha para o quarto e me espera lá? -ele perguntou.

    Balanço a cabeça positivamente e pego a chave da sua mão, seguindo pelos corredores devagar e com as pernas um pouco abertas. Que droga, dói um pouco para caminhar. Minha mandíbula está fodida e minha garganta também está dolorida. Imagina quando ele me pegar de jeito, vou precisar estar mais preparada do que hoje.

    Chego no quarto e vou direto para o banheiro, ligando o chuveiro no quente e me lavando direito. Saio, visto minha roupa de missão e me atiro na cama, sentindo todas as dores agora de uma só vez. Claro, não são dores insuportáveis e nem muito fortes, mas estou com a intimidade ainda latejando e a mandíbula dolorida.

    Dou um sorrisinho quando lembro de tudo o que aconteceu e afundo a cara no travesseiro, virando de bruços e revivendo tudo aquilo. Ele é muito gostoso e eu finalmente não sou mais virgem. Fico lembrando de como reagi durante o sexo e minhas bochechas esquentam. Eu não sabia que poderia ser tão sem vergonha como fui com ele, mas gostei daquela minha nova versão.

    O que a Amaya acharia disso? Eu sei que ela era bastante vadia e experiente, se ela estivesse viva eu poderia pedir uns conselhos.
    Balanço a cabeça para ambos os lados, afastando as lembranças com a minha irmã. Ela está morta, isso não vai mudar e lembrar dela vai me deixar triste.

    Abraço um dos travesseiros e fecho os olhos, lentamente caindo no sono antes de Tobirama voltar para o quarto.

• • •

— S/n? -ouço uma voz distante. — S/n!

    Acordo com um sobressalto, sentando-me na cama. Tobirama já está vestido com a sua roupa habitual, parado ao meu lado.

— Vamos embora? -convidou.

— Vamos.

    Levantei da cama sentindo a dor menos intensa, mas ainda presente. É o primeiro dia., pensei. Já que estava pronta, segui ao lado do Senju para fora do quarto.

    Trancamos tudo, fomos até a recepção, entregamos a chave e partimos correndo dentre as árvores, rumo à Konoha.

— Consegue correr? -Tobirama perguntou, rindo em puro deboche.

— Estou correndo, não estou? -revirei os olhos.

— Voltou a ser petulante. -murmurou.

    Vamos passar a madrugada toda viajando. Chegaremos em Konoha pela manhã. Não sei como vai ser a nossa relação a partir de agora, mas espero que não seja afetada por conta de tudo que aconteceu entre a gente.

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora