• da água para o vinho •

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S/N:

    Volto com Madara para o quarto. Confesso que estou brava porque ele me rejeitou no banho, mas estou mais brava comigo mesma porque toquei naquele assunto.

— Está magoado? -perguntei.

— Eu não fico magoado, fico furioso. -ele respondeu, terminando de secar o corpo e vestindo uma cueca, deitando na cama em seguida.

    Coloco a minha toalha em cima da escrivaninha e deito nua ao lado dele, me cobrindo com o cobertor. Percebo o seu maxilar travado, transparecendo a irritação.

— Não pense muito nisso. -pedi, repousando uma das minhas mãos no seu abdômen, sentindo os músculos relaxados na palma da minha mão.

    Credo, que gostoso.

— Você é muito bravo. -comentei e ele finalmente me olhou.

— Você não viu nada. -murmurou.

— Mas eu quero ver. -ajoelhei sobre o colchão, ao lado dele.

— S/n... -ele analisou o meu corpo, mas logo desviou o olhar. — Por que você continua vindo aqui? -perguntou.

— Não entendi. -torci o nariz.

— Você sempre volta, agora mais do que antes. -observou.

    Eu não queria parecer tão fácil, mas sou mesmo.

— Quando eu te peço algo, você simplesmente faz. Você transa comigo até eu dizer chega e às vezes eu fico irritado com isso. Não sei se você faz porque gosta ou porque está tentando me domar. -revela, fixando o olhar no meu.

— Eu faço porque gosto. -respondi. — Posso parecer ambiciosa, mas não seria arrogante o suficiente para tentar "domar" você. Sabe, eu tenho a mente bem aberta para essas coisas. Sei que um homem como você não pode ser domado.

    De fato, não estou mentindo. Não teria graça nenhuma transar com ele esperando que se apaixonasse por mim. Seria falsidade da minha parte e eu estaria sendo ingênua demais. Se eu pensasse assim, poderia ser facilmente manipulada por ele ou por qualquer outro.

    Tomo um susto quando Madara segura o meu pescoço de repente e aproxima o meu rosto do dele. Arregalo os olhos e apóio as minhas mãos no colchão para não me desequilibrar pelo solavanco. Ele muda da água para o vinho em segundos.

    Seu maxilar continua travado com força enquanto ele analisa cada detalhe do meu rosto. Meu corpo se arrepia e meu coração se encontra acelerado, como se pudesse sair pela minha boca.

    Então, mudando mais uma vez da água para o vinho, o Uchiha me beija. De início fiquei confusa, mas não perco a oportunidade de tirar uma casquinha. Nunca se sabe quando pode ser a última vez.

    Suas mãos deixam transparecer toda a malícia que ele carrega agora. Ele passeia pelo meu corpo nu em cada parte, até segurar a minha cintura e me colocar deitada no colchão em outro solavanco.

    Seus olhos parecem mais escuros do que o normal, talvez por termos apenas a luz das velas nos iluminando, visto que algumas já se apagaram.

    Madara volta a me beijar de um jeito mais agressivo, alternando o beijo com mordidas ardidas pelo meu lábio inferior. Meu corpo esquenta e ele desce os beijos pela curvatura da minha mandíbula, mordendo e chupando a minha pele com a intensão de deixar aquelas marcas.

— Você pode não querer o mesmo. -ele faz uma pausa enquanto desce os beijos até o meu peito. — Mas eu vou fazer você se apaixonar por mim.

— O quê? -minha voz saiu alta e fina pela surpresa.

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora