• fardo •

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NARRAÇÃO:

    

    S/n segurava o pedaço de papel como se aquilo fosse a única coisa que lhe restava. Olhando para o corpo da sua irmã, a garota sabia que Amaya ainda não estava morta e que estava ouvindo tudo ao seu redor.

— Por favor, que isso não seja algo ruim. -S/n pediu, soltando a mão da irmã e sentando-se em uma cadeira ao lado da cama.

    Ela abriu o papel e uniu as sobrancelhas quando percebeu que só havia algumas palavras alheias escritas ali.

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Dói muito. Me deixe ir.
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— Você nunca diria isso. -a garota levantou novamente e parou ao lado da cama. — Inventaram isso para que eu permita o desligamento desses aparelhos, mas eu não vou! -elevou o tom.

    Uma lágrima singela escorreu pela lateral do rosto de Amaya. Aquilo encheu S/n de falsas esperanças e lhe deu total certeza de que a irmã ainda estava ali com ela.

— Eu vou dar um jeito. - a garota limpou lágrima com o polegar. — Você vai ficar bem e vai criar o Koji aqui em Konoha. -garantiu. — Eu volto amanhã para ver você. Voltarei com uma solução.

    S/n não costumava ficar irada, mas aquele bilhete aparentemente forjado fez a garota sentir tanto ódio que era capaz de sentir a magia fluindo com força dentro do seu corpo, mesclando-se com o fluxo de chakra e fazendo as suas veias arderem como se houvesse fogo correndo por elas.

    Saindo do quarto, S/n chegou na recepção e encontrou Mito, que estava aguardando. Sem pensar nas próprias atitudes ou nas consequências, a garota amassou o papel e jogou na sua sensei.

— ISSO NÃO É DE VERDADE! -a garota gritou. — Ela não diria isso. -sua voz saiu entrecortada pelo nó em sua garganta.

— Nós jamais mentiríamos sobre algo assim. -Mito garantiu no tom mais acolhedor que conseguiu.

— Mas mentiram agora! -S/n insistiu. — Eu vou dar um jeito nisso, sensei. E se você não quiser me ajudar, vou fazer sozinha!

    Mito sabia que aquilo não tinha qualquer chance de dar certo, mas se via na obrigação de apoiar e ajudar a sua aluna. Quando Amaya partisse, S/n não poderia se sentir rejeitada ou abandonada pelo resto das pessoas que conhecia. Ela precisava ser acolhida e preparada para o luto.

— Eu vou te ajudar. -Mito respondeu.

    Os olhos de S/n perderam aquele ar de fúria e se tornaram olhos surpresos. Ela não esperava que a sua sensei realmente fosse ajudá-la, mas no fundo, era grata por isso.

— Vou te ajudar, mas se não encontrarmos nada, você vai deixar ela partir. -a Uzumaki sugeriu.

— Isso é uma condição? -S/n uniu as sobrancelhas.

— É um conselho sobre o que é o melhor a se fazer.

    Sem outra opção, a garota assentiu e aceitou a proposta de Mito. Não importava como, ela sabia que iria encontrar uma saída para salvar a vida da sua maldita irmã inconsequente.

— Você precisa ir para casa e dormir. -Mito aconselhou. — Hoje será o seu primeiro dia na patrulha noturna de segurança da aldeia.

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora