• saudade • ¹⁸

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S/N:

    Assim que Madara sai do quarto, tranco a porta, tiro o kimono e visto a minha roupa - que por algum motivo não está molhada -. Talvez ele tenha mandado alguém secar.

    Me certifico de que não esqueci de nada e saio do local, encontrando com Izuna no fim do corredor. Tento fugir dele, mas ele já me viu.

— Ainda está aqui, hum... -falou num tom malicioso.

— Não era para você estar vomitando?

— Eu já estou melhor. Achou que eu ficaria de ressaca o dia inteiro? -estufou o peito, orgulhoso.

— Achei. -ri. — Mas eu estou de ressaca. Ri tanto de você que fiquei pior. -levei uma das mãos à cabeça, fazendo uma careta.

— Mas a sua noite parece ter sido boa, hum? Meu irmão sempre guardou aquele kimono vermelho para uma ocasião especial. -ele arqueou uma sobrancelha.

— Não fiz nada com ele, desmaiei de tão bêbada. -infelizmente.

— Acredito. -ele me analisou, visivelmente duvidando. — Mas e aí, já está indo embora?

— Sim.

— Eu estou indo para o prédio do hokage, vamos juntos? -convidou.

    Aceitei e nós dois saímos de casa. Do lado de fora, finalmente posso respirar ar puro. Eu gosto da casa deles, mas é abafada demais, meu nariz coça se fico muito tempo lá.

    Seguimos juntos e envolvidos em uma conversa aleatória até chegarmos na minha casa. Tomo um susto quando vejo Tobirama andando na nossa direção. Ele surgiu do nada, acho que estava me esperando.

— Ah, olha ali o estrume. -Izuna murmurou.

    Dei um soco fraco em seu braço, repreendendo-o.
    Tobirama por sorte não ouviu, mas não tirou os olhos de mim até chegar em minha frente.

— Já vou indo. -o Uchiha falou para mim, mas encarando o Senju. — Tchau, cunhadinha!

    Não acredito que ele fez isso.
    Ele se retira, caminhando saltitante rumo ao prédio do hokage. Tobirama certamente entendeu a indireta, mas não disse nada, apenas continuou com a sua expressão séria olhando para mim.

— Quem te deu esse colar? -ele perguntou, olhando para o meu pescoço.

    Lembro-me do pingente com o símbolo do clã Uchiha. Não era a minha intenção provocar o Senju, mas tenho certeza de que ele não vai gostar nada disso.

— Uma senhora me deu. -respondi, cobrindo o pingente com a mão.

— Ficou bonito em você. -elogiou, me pegando de surpresa.

— Ah... -pisco algumas vezes. — Obrigada.

— Eu estive aqui ontem à noite, mas você não estava. -ele colocou ambas as mãos nos bolsos da calça. — Decidi tentar de novo agora e por sorte encontrei você.

— Que bom. -sorri desconcertada. — Mas o que você queria me falar?

— Teria que ser em particular, tenho muitas coisas para dizer. -ele parece tímido, o que me surpreende, mas eu gosto.

— Eu preciso tomar um banho, se você quiser me esperar, podemos conversar aqui mesmo, na minha casa. -sugeri.

— Por mim, tudo bem. -sorriu.

    Segui para dentro junto de Tobirama. Abri a porta e nós entramos. Preciso tirar essa sujeira de mim, ainda não estou limpa como gostaria.

— Vou tomar um banho rápido, você me espera? -perguntei.

feiticeira • entre uchihas e senjusOnde histórias criam vida. Descubra agora